Television Centre: transformação de um ícone
(Londres, brpress) - Icônico prédio da BBC foi repaginado mesclando residências e escritórios, além de cafés, restaurantes, clube privê, e novos estúdios para a emissora.
(Londres, brpress) – Diz a música The Revolution Will Not Be Televised, de Gil Scott-Heron (1949-2011), que “a revolução não será televisionada”. Mas, em se tratando da transformação do icônico Television Centre – ex-QG da BBC, em Londres – no empreendimento mais badalado do momento na cidade, a profecia de Heron pode soar equivocada. O TC foi inaugurado em abril último, quando o portal Casa.com.br publicou reportagem da brpress sobre esse novo darling da indústria imobiliária britânica.
O prédio, apelidado de ‘donut’ por sua forma redonda, já foi, entre 1960 e 2012, o maior estúdio de TV do mundo. Desde 2013, ao ser vendido para a empreiteira Stanhope por £200 milhões (R$ 1 bilhão), vem sendo transformado numa referência de um jeito revolucionário de morar, trabalhar e se divertir. As instalações mesclam residências, escritórios, além de cafés, restaurantes, jardins conectados com o Hammersmith Park, clube e cinema privês, academia com piscina olímpica e novos estúdios para a BBC (que volta a ocupar parte do prédio em 2017).
O novo Television Centre é mais do que um projeto com escritórios e apartamentos ‘boutique’, cujos preços começam em £700 mil (R$ 3.600 milhões, o estúdio) e podem chegar a £ 7 milhões (R$ 35 milhões, a penthouse). O empreendimento está revitalizando uma área que não era muito valorizada, conhecida como White City, no oeste de Londres, com um projeto luxuoso sim, mas que também se preocupa com a ressignificação urbanística do espaço público, que acaba mais valorizado com a interferência da iniciativa privada (o prédio permanece tombado pelo National Heritage List for England, o NHLE).
Ressignificação com grife
Na reportagem sobre a transformação das instalações do Television Centre – onde a maioria dos programas de TV que moram no coração dos britânicos e de cidadãos do mundo, como Doctor Who, foram produzidos – exploramos essa tendência de empreendimentos mistos (para morar e trabalhar) nas grandes cidades e o poder de revitalização dos arredores que uma usina criativa como o novo TC tem.
Conversamos, numa entrevista exclusiva, com o arquiteto chefe do projeto, Paul Monaghan, do premiado escritório de arquitetura Allford Hall Monaghan Morris (AHMM), que repaginou o TC. O AHMM ganhou, em 2015, o Stirling Prize, mais prestigioso prêmio de arquitetura britânico, pela repaginada Burntwood School, tradicional escola para meninas em Wandsworth, Londres, mesclando arte contemporânea e design, com reutilização inovadora do espaço.
Conteúdo completo disponível para licenciamento, incluindo entrevista ‘ping-pong’ com o arquiteto Paul Monaghan, do AHMM. Consulte-nos pelo email [email protected].