Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Ausência e volta de Chávez

(Londres, brpress) - fragilidade da saúde de Chávez coloca em questão a possibilidade de ele continuar exercendo a liderança do governo e da ALBA, e se poderá ser reeleito em dezembro de 2012.

(Londres, brpress) – Contrariando rumores de que poderia ficar em Cuba se tratando por até mais seis meses, o presidente Hugo Chávez está de volta à Venezuela. Se ele afirma ter tido “dias difíceis” na ilha de Castro, onde ficou por quase um mês depois de ser submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor cancerígeno, nesta terça-feira (05/07) a dificuldade pode voltar, desta vez em casa.

Chávez planejava presidir as comemorações do bicentenário da nação, ao mesmo tempo que inauguraria, em seu país, o encontro que daria o nome e a estrutura final à Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac), que acontece na Ilha Margarita, nesta terça e quarta (05 e 06/07). Devido à sua ausência, no entanto, a reunião foi adiada.

Castrista pluripartidário

Chávez preside a Venezuela desde 2 de fevereiro de 1999. Ele é o único presidente na história de seu país que chegou a governar por tanto tempo consecutivo, enquanto que em todo o Ocidente não há nenhum outro governante eleito que esteja no poder há 12 anos e 5 meses.

Seu governo transformou a Venezuela e todo o hemisfério. Criou um regime que se intitula “socialista”, que mantém o capitalismo e a democracia multipartidária, mas com uma forte influência do Estado e do governante do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela).

Ele combinou parte do regime castrista com o das democracias pluripartidárias de mercado, do resto do continente. De Cuba, tomou a idéia do caudilho muito popular e “antiimperialista”, que promove uma “revolução socialista” e que faz com que o Estado se expanda e se legitime com nacionalizações e reformas sociais.

Diferentemente dos irmãos Castro, não desarticulou as Forças Armadas nem confiscou todas as empresas privadas. Suas estatizações e reformas não foram tão radicais como as que fez o general Velasco, no Peru (1968-75), ou o MNR na revolução boliviana pós-1952.

Esquerda

Várias das receitas de Chávez foram seguidas por vários países. Hoje, na maioria da América Latina, existem governos que se dizem, de uma forma ou de outra, de esquerda. O Equador e a Bolívia seguiram o exemplo venezuelano de eleger novas constituintes, que aprovaram cartas magnas nacionalistas que facultam eleições de seus respectivos presidentes, ainda que somente na Venezuela seja permitida a reeleição indefinida. O colombiano Uribe, Nêmesis de Chávez, também quis copiar seus intentos de conseguir um terceiro mandato, mas não o conseguiu.

Chávez foi capaz de criar seu próprio bloco: a Alternativa Bolivariana das Américas (ALBA). Este, que inicialmente foi fundado por Venezuela e Cuba, hoje integra a Bolívia, Equador, Nicarágua e as 3 Antilhas que são membros da Comunidade Britânica (Antigua e Bermuda; Dominicanas e São Vicente; e as Granadinas).

A fragilidade da saúde de Chávez coloca em questão a possibilidade de ele continuar exercendo a liderança do governo e da ALBA, e se poderá ser reeleito em dezembro de 2012. Fidel Castro assegurou que Chávez reassumirá ao comando, ainda que sua saúde o tenha obrigado a adiar o que poderia ter sido a principal reunião sul/centro americana da história, e sua prolongada ausência ainda deva ser utilizada pela oposição (inclusive dentro da esquerda continental) para questionar a qualidade imprescindível de sua natureza.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate