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Chávez, sua saúde e a Celac

(Londres, brpress) - Estatrá o presidente de volta até 05/07, quando país festeja bicentenário da independência e sedia reunião da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe? Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Dia 5 de julho é uma data histórica. A Venezuela festeja o bicentenário de sua independência e sedia a reunião da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac). A figura do presidente anfitrião é vital. No entanto, exatamente um mês antes de 5 de julho, Hugo Chávez saiu de seu país. Após haver estado no Brasil e no Equador, ele acabou em Cuba onde, em 10 de junho, foi operado, permanecendo ali desde então.

Assim como anteriormente, no caso de Fidel Castro, o sistema de saúde cubano mostra duas características: 1) sua excelência (que em muitos aspectos supera a dos EUA); 2) seu hermetismo. Nenhuma informação foi revelada a respeito de seu estado, exceto que ele foi operado por ter um “abscesso pélvico” (uma acumulação de pus).

Desconfiança

A BBC mostrou sua estranheza por que Chávez, que passou 1.300 horas falando na TV e no rádio, há mais de duas semanas não aparece falando em público. Ele nem sequer pode receber o recém-eleito presidente peruano (o comandante Ollanta Humala, tão chegado a ele), cuja viagem à Venezuela foi postergada.

O New York Times lembrou que, antes da cirurgia, Chávez guardou repouso por lesões e gripes. O chanceler venezuelano Ricardo Maduro sugeriu que ele estava “batalhando por sua vida”, declaração que foi tomada nos meios críticos como uma confissão de que o estado de saúde do presidente venezuelano seria muito delicado.

Crise

Uma série de rumores foi se alastrando, inclusive o principal: sugerindo que Chávez tenha algum tipo de câncer. No entanto, diversos ministros venezuelanos afirmam que seu governante se recupera e que deverá retornar antes de 5 de julho. Embora Chávez continue sob rigorosa e secreta vigilância médica em Havana, na Venezuela há uma crise de energia pelo racionamento de luz, e ainda outra, de violência nas prisões.

Estando já há mais de 12 anos no governo, Chávez é o governante americano eleito que mais dura no poder. Sua saúde é algo que pode alterar muitas coisas em seu país e no mundo. Ele é a peça-chave da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), um bloco de oito nações que inclui a Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua e três Antilhas, e trabalha no intento de transformar a Celac na “enterradora” da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Chávez é o líder mundial do “socialismo do século 21”. É também o candidato favorito (até o momento) para ganhar a presidência de seu país, nas eleicões de dezembro de 2012.

Chávez vem dirigindo seu Estado e seu partido como um caudilho insubstituível. Se sua saúde o impedisse de continuar no poder ou de concorrer a uma nova reeleição, isto geraria uma crise em seu país.

Por um lado, abriria o debate sobre qual de seus delfins deveria substituí-lo e, por outro, alentaria a oposição em seu desejo de destronar o governante do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) nas próximas eleições.

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics. É um dos analistas políticos latino-americanos mais publicados do mundo. Tradução de Angélica Campos/brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Twitter @brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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