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Destroços do avião ao alcance

(Paris, brpress) - Fotos mostram que pedaços do aparelho estão próximos, reforçando hipótese de que tocou o mar em posição horizontal de vôo. Por Rui Martins.

(Paris, brpress) – Dentro de três semanas, um mês no máximo, serão recuperados e levados para análise, em Toulouse, na França, os pedaços do Airbus A330, da Air France – que caiu no Oceano Atlântico durante o voo AF 447, entre Rio e Paris, matando 228 pessoas – encontrados a uma profundidade de quase 4 mil metros, ao largo da costa brasileira.

O acidente com o aparelho ocorreu no dia 31 de maio de 2009 e, até o último domingo (03/04), só se tinham visto alguns pedaços do avião flutuando no oceano, alguns dias depois da queda. A descoberta dos destroços causou entusiasmo nos investigadores do Escritório de Investigações e Análises (BEA) da Aviação Civil da França. Uma fonte não identificada disse ao Blog de Paris, de Veja: “As caixas pretas vão falar”.

No encontro com a imprensa, na última segunda-feira (04/04), os técnicos da BEA que localizaram os destroços do avião, mostraram fotos tiradas pelos submarinos-robôs Remus, equipados com sonhares e manipulados por especialistas americanos da Woods Hole Oceanographic Institution.

De acordo com essas fotos, os pedaços do aparelho estão próximos, reforçando a hipótese de que avião da Air France tocou o mar em posição horizontal de voo. Podem ser vistos os motores e os corpos dos passageiros que ainda estão dentro da fuselagem.

Dúvida

A incógnita é se as duas caixas pretas serão ainda utilizáveis, depois de dois anos no fundo do mar. Da leitura dessas duas caixas depende a conclusão sobre as causas da queda do aparelho.

O BEA informou, no encontro com a imprensa, perto de Paris, pormenores da  quarta fase de operações de buscas.  Foi encontrada a parte dianteira do avião onde estão os motores, a fuselagem e as asas. A direção do BEA explicou que a descoberta foi feita em buscas por técnicos num navio com equipamento especial de sondagem submarina, o Alucia.

Porém, o navio não dispunha de instrumentos para içar essas partes do aparelho – o que exigirá um outro tipo de embarcação. Em todo caso, pelas fotos feitas percebe-se a existência de corpos dentro dessa parte do aparelho.

Com essa descoberta espera-se ter acesso às duas caixas pretas, onde ficam registradas as últimas conversas do piloto e co-piloto, bem como das últimas manobras do aparelho – se é que estarão ainda em condições de serem interpretadas.

Vale lembrar que as caixas pretas do Airbus A330 foram construídas para resistir um choque de 3.400 G, a temperatura de 1.100 graus centígrados durante uma hora e uma pressão submarina de 6 mil metros de profundidade – os destroços foram encontrados a 3.900 mil metros. Mais: se as fotos mostram quase intactas partes do avião muito menos resistentes que as caixas pretas, por que elas estariam danificadas?

(Rui Martins/Especial para brpress, com informações do Blog de Paris, de Veja.com)

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