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Robert Pattinson como o problemático ArtRobert Pattinson como o problemático Art

Pattinson sem sal e sem caninos

(brpress) - Com um sotaque britânico carregado, cabelos desgrenhados, visual e comportamento esquizofrênicos, vampiro galã da saga Crepúsculo incorpora um cara que enfrenta sua primeira crise existencial aos 20, em Uma Vida Sem Regras. Por Eliane Maciel.

(brpress) – Com um sotaque britânico carregadíssimo, cabelos desgrenhados nada sensuais, visual e comportamento esquizofrênicos, Robert Pattinson – o vampiro galã da saga Crepúsculo – apresenta seu mais novo personagem: Art, um cara que enfrenta sua primeira crise existencial – a dos vinte e poucos anos – no filme Uma Vida Sem Regras (How To Be, Reino Unido, 2008), que tem pré-estreias nesta sexta-feira (11/12), no Rio e SP, e entra em circuito nacional na próxima sexta (19/12).

Sem dúvida, Pattinson mostra sua versatilidade como ator, indo muito além do que ofereceu em sua atuação como o vampiro Edward Cullen. O ator inglês atua de maneira brilhante no papel principal que lhe fora concedido – não há quaisquer resquícios do super-herói sanguessuga venerado pelo público adolescente. Mas sua presença e seus dotes artísticos são as únicas coisas que se salvam no longa dirigido por Oliver Irving. E, ainda assim, para chegar à esta conclusão, é preciso uma dose extra de paciência.

Outsider

O personagem Art é um jovem que nasceu na década de 1980, acabou de levar um fora da namorada, se esforça para encontrar seu lugar no mundo, mas não tem a menor idéia de que caminho percorrer. Deprimido por não poder contar com o apoio dos pais, ele corre atrás de quem lhe dá o mínimo de abertura para tentar se encontrar no mundo.

Totalmente fora dos padrões e sem talento algum, Art tenta fazer trabalhos voluntários, tocar em bares com seu violão e gaita, criar música ao lado de seu melhor amigo, Ronny, outro nerd totalmente estereotipado, e (re)conquistar a afetividade dos pais. Sem sucesso.

Auto-ajuda

Tentando dar um jeito em sua jornada, o rapaz descobre um guru de auto-ajuda, o Dr. Levi Ellington, autor de um livro chamado Não É Sua Culpa. Usando seu dinheiro de herança, paga o escritor para ele se tornar o seu instrutor em tempo integral, acompanhando-o aonde quer que ele vá e estando presente em todas as situações de sua vida (inclusive quando ele tenta se engalfinhar na cama dos pais, num pedido desesperador por afeto).

O filme foi baseado na receita teatral das produções independentes: as cores, os enquadramentos, o silêncio de algumas cenas e a própria atuação do elenco. Algo parecido com Juno (EUA/Canadá, 2007), escrito por Diablo Cody, mas de qualidade nada comparável.

Depois dos minutos iniciais, Uma Vida Sem Regras passa a ser bastante irritante e repetitivo na tentativa de mostrar a transformação do mundo adolescente para o mundo adulto, num tipo de “amostra” de como um ser humano pode beirar a loucura quando percebe que não se encaixa em nenhum grupo ou atividade social.

Pattinson músico

Além da atuação (e canções!) de Pattinson, a trilha sonora ainda dá um tempero extra com Joe Hastings e Rollercoaster Project. Mas é só. Muito pouco sal para dar algum gosto.

(Eliane Maciel/Especial para brpress)

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