Selton Mello multifacetado
(São Paulo, brpress) - No filme O Palhaço, ator assina também funções de diretor, co-roteirista e coeditor; ele conversou com Vanessa Wohnrath.
(São Paulo, brpress) – Nesta sexta (28/10), Selton Mello estará nos cinemas com O Palhaço (2011). Ele é o protagonista deste filme que é o segundo trabalho dele como diretor [o début foi com Feliz Natal (2008)]. Além de atuar e dirigir, também é o co-roteirista e coeditor da produção.
Mello interpreta Benjamim que, no picadeiro do Circo Esperança, se transforma no palhaço Pangaré. Apesar de fazer plateias rirem, não há ninguém para fazê-lo rir. Em crise, ele quer abandonar tudo para descobrir quem realmente é.
Em entrevista em São Paulo, após a exibição do filme à imprensa na manhã desta segunda-feira (24/10), o ator disse que se identifica com Benjamim quanto à crise e a busca pela identidade. “O filme não é autobiográfico, mas me identifico muito com o Benjamim”, conta Selton Mello.
“Muitas pessoas me perguntam: ‘Você já passou por uma crise?’. Na verdade, eu trabalho desde os 8 anos de idade, tenho 38 e estou há 30 anos nessa carreira e vivo uma crise há 30 anos (risos). Há 30 anos que penso em desistir e há 30 anos sempre descubro algo lindo que me põe pra frente. Tenho sempre esses sentimentos e por isso sei o que Benjamim sente”, revelou.
Música de infância
Para a trilha sonora, Mello usou experiências pessoais. “Na minha infância, em São Paulo, a música que meu pai mais ouvia era O Trovador, de Altemar Dutra. Essa música ficou na minha memória afetiva. Quando veio o filme, pensei em usar O Trovador e outras músicas que são consideradas bregas, mas que na verdade são muito lindas”.
A partir de 01/11, Mello volta à TV para a segunda temporada de A Mulher Invisível, e no cinema vai aparecer em cena de Billi Pig (2011) e Reis e Ratos (2011). Ele ainda não tem planos de retornar à cadeira de diretor. “Precisa ser um assunto que eu queira falar muito, pois chega a demorar três anos até o projeto ficar pronto. Então, estou esperando um novo insight”.
(Vanessa Wohnrath/Especial para brpress)