400 Contra 1: é covardia
(brpress) - Depois de muita expectativa, primeiro filme de ficção do diretor Caco Souza, sobre Comando Vermelho, ficou aquém do esperado.
Mesmo com um elenco de atores consagrados como Daniel de Oliveira, Branca Messina, Daniela Escobar, entre outros, a trama sobre a criação e os bastidores do Comando Vermelho acabou esbarrando com algo essencial na finalização de um longa: montagem.
Idas e vindas
Ao narrar a história de William da Silva Lima, um dos principais articuladores da polêmica organização, Caco optou pela opção de idas e vindas no tempo para tentar dar uma certa expectativa e agilidade em certos momentos. Porém, acabou errando na dose deixando tudo muito confuso e monótono.
Na verdade, a impressão que dá é que vemos um dos cortes inacabados do filme. Além disso, muitas das cenas foram feitas com uma precariedade latente, onde é nítida a falta de cuidado com os ditos efeitos especiais. Os erros de continuidade também estão bem aparentes.
Por exemplo, o sangue que não aparece quando o sujeito é baleado. Corta para o atirador – aí, sim, se vê uma poça em volta da vítima. E, infelizmente, isso não acontece apenas uma vez.
É admirável a determinação de quem faz filmes na raça no Brasil – e Caco Souza é um deles. Porém, como um documento que retrata um momento importante da nossa história, 400 Contra 1 pode até ser interessante, mas não desperta um sentimento de extrema importância para os espectadores: emoção.
(Rod Carvalho, especial para brpress)
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