Amor a Toda Prova dá aula de sedução
(brpress) - No filme, Steve Carell e Ryan Gosling entram de cabeça no eterno jogo da conquista entre homens e mulheres. Por Vanessa Wohnrath.
(brpress) – A ciranda de amores da comédia romântica Amor a Toda Prova (Crazy, Stupid Love, 2011), que estreia nesta sexta (26/08), não é uma fórmula nova, mas, a julgar por outros filmes do gênero, é receita de sucesso garantido. Afinal, mostra o que todo mundo quer: lutar para conquistar seu final feliz.
Certa noite, Emily (Julianne Moore) confessa uma traição ao marido, Cal (Steve Carell), e decide pôr fim ao casamento de 25 anos. Jacob (Ryan Gosling) chega num bar para mais uma noite de flertes, e Hannah (Emma Stone) chama a atenção do rapaz. Mas ela não dá a mínima, pois tem um relacionamento estável com Richard (Josh Groban).
É neste bar que Cal vai afogar as mágoas em voz alta e Jacob percebe que o homem precisa de ajuda. Jacob conclui que a esposa de Cal o traiu porque ele perdeu a identidade como homem, marido e amante. Para tentar o reencontro, Jacob quer transformar Cal em um conquistador, mudando o guarda-roupa e o corte de cabelo dele e ensinando-o a se portar diante das mulheres.
“É muito simples: basta pagar um drinque para a mulher, fingir interesse pelo o que ela está falando, não contar nada sobre você e dizer a frase mágica: “Vamos sair daqui?”, ensina o mestre.
Cal vai se atrapalhar um pouco nesse jogo da conquista, mas logo se torna um galanteador e tenta se reaproximar da mulher. Jacob, um mulherengo inveterado, acaba flechado pelo cupido, apaixona-se perdidamente por Hannah e chega a vez de ele ouvir alguns conselhos de Cal.
Azaração
Esse argumento de Amor a Toda Prova lembra a história de Hitch – Conselheiro Amoroso (Hitch, 2005), na qual o personagem de Will Smith é um profissional que ensina os homens como conquistar as mulheres e se vê perdido quando ele mesmo se apaixona.
Filmes com tramas trazendo um expert na paquera e que ajuda outra pessoa na conquista, ou pessoas que se transformam para chamar a atenção de quem se ama são um clichê no cinema.
Em A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth, 2009), Mike (Gerard Butler) apresenta um quadro em um programa de TV dizendo o que as mulheres fazem de errado na conquista e o que os homens realmente querem: sexo. Ele começa a orientar a colega de trabalho Abby (Katherine Heigl) sobre como conseguir namorar o vizinho Colin (Eric Winter).
Numa linha similar está Alguém Como Você (Someone Like You…, 2001), em que Jane (Ashley Judd) é abandonada pelo namorado. Eis que o colega de trabalho mulherengo Eddie (Hugh Jackman) mostra a ela como funciona e como lidar com o comportamento masculino.
Transformações
Quando o assunto é transformar uma pessoa na forma de se vestir e se portar, há o clássico Minha Bela Dama (My Fair Lady, 1964). O professor de fonética Henry Higgins (Rex Harrison) conhece a mendiga Eliza Doolittle (Audrey Hepburn) e aposta com um amigo que consegue transformá-la numa dama da alta sociedade.
No mesmo estilo gata borralheira está a prostituta interpretada por Julia Roberts em Uma Linda Mulher (Pretty Woman, 1990), que recebe aulas de etiqueta e passa a se vestir com classe para acompanhar o cliente Edward Lewis (Richard Gere) em compromissos sociais.
No final, claro, tudo acaba em romance.
(Vanessa Wohnrath/Especial para brpress)