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Cena do curta-metragem brasileiro Praça Walt Disney.DivulgaçãoCena do curta-metragem brasileiro Praça Walt Disney.Divulgação

Brasileiros agradam em Locarno

(Locarno, brpress) - Fisiculturista perde a cabeça no curta Mens Sana in Corpore Sano, menção honrosa no festival, e Praça Walt Disney discute verticalização do mundo. Por Rui Martins.

(Locarno, brpress) – “O culto do corpo pode se transformar numa obsessão narcisista”, diz Juliano Dornelles, pernambucano de origem gaúcha, diretor do curta-metragem Mens Sana in Corpore Sano, um dos dois curtas brasileiros que concorreram na mostra Leopardo do Amanhã, no Festival Internacional de Cinema de Locarno, e que ganhou menção honrosa.

Dispensando a cabeça

O roteiro do filme de Juliano Dornelles ganha massa depois de muita ginástica, quando o corpo do culturista são só montanhas de músculos comandados pela cabeça – exceto se o corpo se revoltar e dispensar a cabeça. Com essa condicional, o filme ganha uma dose de horror.

“Sempre fui interessado por filmes do gênero”, diz Juliano. “Minha educação cinematografica, vamos dizer assim, sempre foi pautada por esse tipo de gênero. O cinema italiano de terror dos anos 70, o próprio cinema de Hollywood dessa época me inspiraram a utilizar esse tipo de linguagem. Pensei numa situação na qual eu pudesse explorar esses clichês e surgiu a oportunidade de fazer esse filme com o culturista que perde a cabeça”.

Narcisismo

Juliano Dornelles explica que se trata de um filme sobre o corpo e o narcisismo, na busca da perfeição física. Acaba sendo uma crítica a esse comportamento. “Em 2008, junto com Daniel Bandeira, desenvolvi esse roteiro e o submetemos a um concurso em Recife. Ganhamos o prêmio para poder filmar”.

A estreia do filme foi na Mostra de Cinema de Tiradentes, quando foi visto pela representante de Locarno e trazido para a Suíça, onde foi incluído na competição de curtas.

Com 30 anos, Dornelles foi estudante de Artes Plástica na Universidade de Pernambuco, em Recife, onde não existia um curso de cinema. Com amigos, criou um grupo chamado Simio Filmes e foi assim que começou a fazer filmes, com câmera digital.

Praça é nossa?

Uma pequena praça brasileira, escondida na sombra de grandes edifícios, no Recife, se transformou no curta-metragem Praça Walt Disney, que o casal de cineastas Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro trouxeram ao Festival de Locarno, também para competir na mostra paralela Leopardos do Amanhã.

“Esse filme começou”, explica Sérgio Oliveira, “quando nos mudamos para o bairro de Boa Viagem, no Recife, e notamos que havia uma praça vizinha, onde nada acontecia. Isso nos chamou a atenção a ponto de fazermos um filme para mostrarmos a verticalização do nosso mundo”, conta. “Não é só a praça, mas o bairro, a cidade, o país…”

Brega Night

Sérgio e Renata estão concluindo um longa-metragem chamado Estradeiros, baseado numa viagem pelo Brasil, Argentina, Bolívia e Peru, e têm um projeto de fição musical com o nome de Brega Night, a ser rodado em Recife.

(Rui Martins/Especial para brpress)

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