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Robert Downey Jr. e Zach Galifianakis no filme Um Parto de Viagem.DivulgaçãoRobert Downey Jr. e Zach Galifianakis no filme Um Parto de Viagem.Divulgação

Caia na estrada e perigas ver

(brpress) - Um Parto de Viagem, que estreia no Brasil nesta sexta (05/11), mostra conturbada e transformadora viagem involuntária de dois estranhos. Por Juliana Resende.
(brpress) – Ao invés de A Morte Pede Carona (1986), clássico do gênero road movie dos anos 80, a comédia Due Date (EUA, 2010), traduzida no Brasil como Um Parto de Viagem, poderia muito bem chamar-se O Mala Pede Carona. O filme, que estreia no Brasil nesta sexta (05/11), mostra a conturbada viagem de dois caras – o executivo careta prestes a ser pai Peter Highman (Robert Downey Jr) e o ator “wanna be” Ethan Tremblay (Zach Galifianakis) – cruzando os EUA de carro, por força das circunstâncias.
 

Nesse chove-não-molha cheio de clichês, mas nem por isso pouco engraçado, os limites da tolerância de Peter vão às alturas e parecem se estender mais que legging de Lycra. O road movie acontece sem muitas piadas feitas e torna-se divertido na medida em que Peter entra no jogo destrambelhado do hippongo e maconheiro Ethan. Depois de entrarem na “no flight list”, a lista dos proibidos de pegar avião dos EUA (ah, se essa moda pega aqui!), ambos não têm outra escolha, senão cair na estrada juntos  rumo ao mesmo destino: Hollywood.

Amizade invonluntária

 Downey Jr., claro, entrega mais do mesmo: um personagem perturbado que se esfola muito até seu destino final. Galifianakis, o “mala” da viagem, realmente apronta de tudo para ser “esquecido” para trás – tentação contínua para seu companheiro involuntário de loucuras –, mas acaba conquistando o durão mas bom caráter Peter. 
A história do filme – do mesmo roteirista e diretor de Se Beber Não Case (2009) e do remake Starsky & Hutch – Justiça em Dobro (2004), Todd Phillips – é previsível, assim como o final “feliz”. Mas o fato é que um road movie em si já é, geralmente, garantia de boas risadas ou alguns calafrios, se for este o caso. Due Date, para fazer as honras à estirpe do diretor-roteirista, também aposta na escatologia como ingrediente de comédia. 
No mais, o trunfo do filme não é fazer rir mas proporcionar uma viagem libertária em que, inevitavelmente, os protagonistas – personagens e espectadores – chegam ao destino muito diferentes do que quando embarcaram.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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