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David Duchovny e Demi Moore em cena de Amor Por Contrato: química inesperada.DivulgaçãoDavid Duchovny e Demi Moore em cena de Amor Por Contrato: química inesperada.Divulgação

Demi e Duchovny: casal 20?

(brpress) - Família perfeita não existe – e isso todo mundo já sabe. Portanto, não há a mínima necessidade de ir ao cinema assistir a Amor Por Contrato. Por Juliana Resende.

(brpress) – Família perfeita não existe – e isso todo mundo já sabe. Portanto, não há a mínima necessidade de ir ao cinema assistir a Amor Por Contrato (título broxante para The Joneses, EUA, 2009), que estreou no Brasil na última sexta-feira (24/12). Mas se ainda assim você quiser insistir, saiba que o filme não lá uma Brastemp – nem mesmo um “ícone” do consumo que pretende criticar.

    O mote do longa – que se arrasta, mesmo sem doer muito – é mostrar que dinheiro não traz felicidade (embora facilite bastante seu encontro em momentos frugais da vida). Num subúrbio entediante americano, os Joneses são invejados e seguidos, como trend setters, pela corriola de babacas endividados que se apresentam como vizinhos. Ostentar é o que importa.

    A família nem é tão bonita assim – papai Steve (David Duchovny, impregnado por aquele ar sacana de Californication), mamãe Kate (Demi Moore, sim, inteiraça), a filha-com-fogo-no-rabo Jenn (Amber Heard) e o filho-mamãe-quero-sair-do-armário Ben (Mick Jones, não, não é o guitarrista do Clash). Mas tem roupas, carros, gadgets e todos os apelos e predicados nos quais uma sociedade onde menos não é mais cai fácil de boca.

    Voyer

    Na condição de espectadores, todos têm um pouco dos vizinhos invejosos e apetite para um bocado de voyerismo neste tempos de coisificação da vida – ou life style. The Joneses é, nesse sentido, como uma Caras versão motion picture . Pior: é gente “comum” e casual com acesso a tudo do bom e do melhor. E o mote do filme como crítica ao consumo serve na verdade para atrair os brand maníacos e faturar muito – porque não? – em merchandising, já que foi um fracasso de bilheteria nos EUA.

    Mas em meio a tanta bobagem, a química entre Moore e Duchovny surpreende e dá certa leveza ao que teria tudo para ser um completo porre pouco sedutor. O ator é o mais carismático da “família” – fake e formada por indivíduos contratados por uma empresa de marketing para propagandear produtos de luxo – e não faz feio. O problema é que o resto do elenco não acompanha.

    Conclusão: o fato de “ter” Demi Moore, a gata hollywoodiana de quase 50, não garante o sucesso de um filme. A história de que “agentes” de marketing passariam desapercebidos já insulta, em si, a inteligência do espectador (tudo bem, é só entretenimento e as pessoas não se importam, algumas até gostam de ser imbecilizadas pela propaganda). Sobram produtos e ambição, faltam conteúdo e pegada.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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