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Robert Downey Jr. e Jude LawRobert Downey Jr. e Jude Law

Elementar, meu caro Sherlock

(brpress) - Caso reaberto: O Jogo de Sombras dá de 10 no primeiro filme do célebre detetive britânico, personagem mor de Sir Arthur Conan Doyle. Por Juliana Resende.

(brpress) – Caso reaberto: Sherlock Holmes – O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes – A Game of Shadows, Inglaterra, 2011) dá de 10 no primeiro filme do célebre detetive britânico, personagem mor de Sir Arthur Conan Doyle. O filme só estreia no Brasil em 13 de janeiro, mas jornalistas assistiram às duas sessões, uma no Rio e outra em São Paulo, na última terça-feira (03/01). Aos fatos, pois.
   
    Robert Downey Jr. está mais à vontade no papel do detetive “psicótico”, na definição do sensato Dr. John Watson (Jude Law, perfeito) e fiel escudeiro do nosso herói. Essa desenvoltura é o clima que perpassa todo o filme, onde também se evidencia a mão pesada de Guy Ritchie na direção.
   
Ansioso

    Ritchie, que viria ao Brasil com Downey Jr. mas cancelou a viagem, diz: “Eu estava muito ansioso para voltar ao mundo de Sherlock Holmes porque a experiência de fazer o primeiro filme foi muito positiva, do ponto de vista pessoal e criativo. Havia uma série de possibilidades narrativas sobre esse personagem, já que ele tem muitas facetas interessantes. As idiossincrasias dele ultrapassam a mera descrição. Portanto, eu queria ter a oportunidade de explorar mais e oferecer ao público algo que ele ainda não viu”.

    Estão lá os personagens excêntricos e estranhos (antigos e novos) – vide um capanga cossaco,  cuja luta com Sherlock ao som de música típica irlandesa é uma das sequências mais instigantes do filme –, as cenas em câmera lenta, com aquelas pausas em takes-chave enquanto o pau come; o humor britânico; a camaradagem entre amigos; o cinismo entre inimigos; as bebedeiras e, claro, uma boa dose de tiros e pandacaria.

    Neste segundo filme, no entanto, cenas de ação são contrabalançadas com diálogos interessantes e bastante engraçados – o que quase não acontecia no primeiro filme. Sherlock está mais louco e cultiva uma verdadeira floresta em seu apartamento, com araras e uma cabra. Está também excitado para confrontar um gênio acadêmico à sua altura, disposto a forjar uma guerra mundial e lucrar com a venda de armas e “curativos”. Argumento familiar?

Química

    Familiar ainda é a relação de Holmes e Watson – a química entre os atores é absoluta e o produtor Joel Silver (que também não vem mais ao Brasil) explica isso: “Havia uma certa magia na dinâmica entre Robert e Jude como Holmes e Watson, e este filme nos deu a chance de aprimorar isso. “Fiquei muito contente ao ver que a ligação entre Holmes e Watson, da maneira como a havíamos desenvolvido, ainda era grande parte da alma e do coração da história”, diz Jude Law.

    “Antes de tudo”, acrescenta Robert Downey Jr., “nós queríamos manter o tom visceral que fazia parte da visão original de Guy e apresentar a Holmes um caso ainda mais difícil, que desafiasse as habilidades dele”: o Professor James Moriarty. “Precisávamos de alguém que dificultasse as coisas para Holmes, então o jogamos contra seu mais famoso inimigo”, observa a produtora e mulher do protagonista, Susan Downey.

Animal

    À medida que a amplitude da conspiração de Moriarty se revela, a ação se estende de Londres para a França, Alemanha e Suíça. Ritchie afirma: “Nossa narrativa nos permitiu abrir nossas asas sobre a Europa e expandir a topografia e a trama da história”. A sofisticação do filme, além do punch típico do cineasta inglês, que embasbacou a crítica com o cinema cru, pop e, sim, ainda visceral, como no filme de estreia de Ritchie, o videoclíptico Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumengantes (Lock, Stock and Two Smoking Barrels, Inglaterra, 1998), combina com a truculência quase irresponsável de Holmes, um animal aprisionado num corpo sarado.

    “Um dos elementos mais importantes do primeiro filme era nos afastarmos da imagem antiga, por assim dizer, do personagem que eu acho que muitas pessoas estavam esperando”, avalia Ritchie. “Mesmo utilizando a criação original de Conan Doyle, queríamos demonstrar o lado físico de Holmes e, ao mesmo tempo, sua inteligência e sabedoria, e Robert trouxe tudo isso e muito mais.”

    Ritchie, como Doyle, adora personagens complexos. Mas também guarda lugar especial para aqueles totalmente toscos. Com as idiossincrasias do célebre detive em seu devido lugar, embora com interpretação contemporânea, certamente o pai de Sherlock aprovaria este filme – mesmo que Holmes tenha abadonado por completo a discrição, aquele cachimbo curvado e o chapéu xadrez.

(Juliana Resende/brpress)

Assista ao trailer de Sherlock Holmes – O Jogo de Sombras legendado:

https://www.youtube.com/watch?v=fbxK2o56mg

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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