Conteúdo Premium

Achou as joias da coroa a que somente assinantes pagantes têm acesso. São histórias exclusivas e inspiradoras, um presente a quem nos apoia e incentiva.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

FrankFrank

Frank: liberdade pra dentro da cabeça

(brpress) - Uma banda muito louca com tudo para ser cult – com um cantor-compositor de mão cheia que usa uma cabeça de boneco. Ele é o Frank que dá nome ao filme, que também está virando cult. Por Juliana Resende.

(brpress) – Uma banda muito louca com tudo para ser cult – com um vocalista-compositor de mão cheia que usa uma cabeça de boneco o tempo todo (até no banho), nunca tirando-a, por nada. Ele é Frank, o “freak” vivido por Michael Fassbender, que dá nome ao filme que também está virando cult.

    Esquisitice é pouco para definir não só Frank, mas todos os integrantes da impronunciável banda Soronprfb – indie até o talo e mestra em fazer um barulho genial. É com ela que o jovem aspirante a músico e narrador do filme, Jon (Domhnall Gleeson), vai passar os mais alucinados meses de sua vida, gravando um álbum num sítio na Irlanda. Inspirador. E bizarro.

    Ali, as personalidades excêntricas e, digamos, intensas de  Clara (Maggie Gyllenhaal), invocada tocadora de Theremin, a baterista Nana (Carla Azar) e Baraque (François Civil), um francês nada amigável que toca baixo, se chocam buscando atrito suficiente para que a combustão criativa aconteça. Quando a catarse foge (muito) do controle, alguém grita “chinchila!”. Um ótimo código.

    Inspirado no personagem Frank Sidebottom, do comediante e músico inglês Chris Sievey, que esteve à frente da banda The Freshies entre o final de 70 e início de 80, no Reino Unido, Frank é a antítese de toda e qualquer obviedade. De um nonsense que faz todo o sentido, é um libelo sobre a liberdade e aceitação.

Físico

    Para a  supresa geral, Michael Fassbender disse que não ficou muito incomodado de atuar com aquele cabeção falso (que tem tudo para virar meme na internet), mostrando o rosto só no final do filme. “Adorei ficar com aquela cabeça”, confessa. “Era uma oportunidade para eu trabalhar o que estava dentro dela”, brinca, “de forma meio artística e totalmente anárquica. Era como se eu estivesse protegido num teatro físico”, conta.

Terapia de grupo

    Explorando a labuta criativa e os caminhos tortuosos para o sucesso – que nem sempre é um fim obrigatório, para o qual justificam-se os meios –, Frank mostra o lado nada glamouroso de um bando de gente problemática reunida para fazer música, numa relação patológica de interdependência. E de quebra revela que Fassbender e Maggie Gyllenhaal realmente podem cantar – e bem.

Experimental

    A música, composta por Stephen Rennicks, é muito boa e está no iTunes. A canção final, “mais palatável”, como queria o ingênuo Jon, ainda que entregue ao caos criativo do Soronprfb, já virou o hit da banda: a emblemática I Love You All. Uma coisa meio Bauhaus, meio Velvet Underground, com vocal de Iggy Pop.

    Quem gosta de música pop dará boas risadas com as tiradas niilistas e a porra-louquice dessa gente que só quer se divertir. Com uma brilhante carreira internacional e elogiado pela critica, Frank participou dos festivais de Sundance 2014 e do Rio 2014. A estreia em circuto comercial no Brasil está prevista para 16/04.

(Juliana  Resende/brpress)

Assista ao trailer de Frank:

Ouça I Love You All, com Soronprfb:

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate