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Rita e o diretor Toni Ventura: parceria boa no filme A Lady do Povo.DivulgaçãoRita e o diretor Toni Ventura: parceria boa no filme A Lady do Povo.Divulgação

La Cadillac humanizada

(brpress) - Filme-documentário sobre Rita Cadillac mostra o lado família e artístico da ex-chacrete que fez filmes explícitos mas ficou oito anos sem sexo. Por Valmir Costa.

(brpress) – Aos 56 anos, a ex-chacrete Rita Cadillac acaba de ser imortalizada pela sétima arte com o filme Rita Cadillac – A Lady do Povo, que estreia nesta sexta-feira (09/04) em Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Poá (SP) e Salvador.

 Dirigido por Toni Ventura, mesmo diretor de Cabra Cega, o filme-documentário desconstrói o lado do sex symbol conhecido apenas pelo bumbum, mas também não deixa de lado esta parte lombar da chacrete mais famosa do velho guerreiro Chacrinha.

 “Uma menina tímida com uma bunda maravilhosa”, diz a transformista e atriz Rogéria sobre Rita. É este o mote do diretor Ventura, que mostra uma Rita Cadillac mais humana e menos mulher -objeto. Esta narrativa é exporta logo na primeira cena do documentário, na qual a Rita de Cássia Coutinho aparece na cozinha, como dona-de-casa, preparando o almoço.

 Seja como a musa dos presidiários – como ficou conhecida depois de ir ao extinto presídio Carandiru (São Paulo), para ensinar os detentos a usarem a camisinha contra o HIV –, e também musa dos garimpeiros – quando fazia shows no garimpo de Serra Pelada (Pará), na década de 1980 –, Rita Cadillac aparece sempre como personagem.

 “A Rita Cadillac só existe no palco. Fora disso, eu sou 24 horas Rita de Cássia”, disse na coletiva sobre o lançamento do filme, realizada no Sindicato dos Bancários, em São Paulo. “Esse filme é um filho dele [o diretor]. Eu sou meramente um personagem. Ele foi além de diretor, um analista comigo, pois conseguiu milagres”, diz Rita, sobre o processo de criação de Ventura.

Arte e pornografia

 Para amarrar a narrativa entre a mulher e o sex symbol, o documentário apresenta também depoimentos do médico Dráuzio Varela, dos cineastas Hector Babenco e Djalma Limonge Batista, e do filho de Chacrinha, Leleco. “Uma mulher capaz de fazer uma dança erótica daquelas e chamar a atenção das pessoas com o maior respeito é uma artista”, diz Dráuzio Varela, sobre as performances de Rita, no Carandiru.

 O lucro através do uso do corpo também é exposto no longa, no qual Rita comenta que já fez programa antes de se tornar chacrete. Igualmente comenta – sem pudor – sobre os filmes de sexo explícito que já fez. O primeiro deles, Sedução (2004) e o último Quente Como Rita (2009). Ao todo foram 11 deles.

Com o coração

 “Este filme é para ser visto com o coração e não apenas com os olhos para não se chocar”, aconselha Cadillac. Parte censurada do docimentário foi a grande decepção amorosa que levou a ex-chacrete a ficar oito anos sem sexo, mas não por causa dela. “Foi um grande amor, mas ele não quis participar do filme por estar casado e ser um grande diretor da Globo”, conta.

 A première do longa aconteceu no ano passado no Festival do Rio, com a participação da protagonista, foi aplaudido de pé. “Chorei muito quando assisti, mas foi terapêutico. Tirei um peso de coisas que eu sentia, de coisas que eu fiz e que nem dizia para mim mesma”.

(Valmir Costa/Especial para brpress)

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