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Morgan Freeman e Matt Damon em Invictusmovie-moron.comMorgan Freeman e Matt Damon em Invictusmovie-moron.com

Mandela por Clint Eastwood

(brpress) - Invictus, novo longa do diretor com Morgan Freeman e Matt Damon, retrata Nelson Mandela e opressão do Apartheid no país da Copa 2010. Por Eliane Maciel.

(brpress) – Clint Eastwood é sempre Clint Eastwood. Ator e grande diretor de clássicos, como Os Imperdoáveis (Unforgiven, EUA, 1992) e Menina de Ouro (Million Dollar Baby, EUA, 2004), ele se aventura mais uma vez da mesma forma polêmica, profunda e cativante à qual já estamos, de certa forma, acostumados. Com o filme Invictus (EUA, 2009), um Clint mais poético e saudosista retrata o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e explora de maneira franca porém versátil, o Apartheid, quando o preconceito, racismo e a opressão governava a população negra do país-sede da Copa do Mundo este ano.

    O nome do filme é o mesmo de um dos poemas do escritor William Ernest Henley, de 1985, que Nelson Mandela lia enquanto estava confinado na prisão de Robben Island. Mandela sempre disse que ler o poema o libertava e o ajudava a manter a lucidez e o otimismo em tempos mais difíceis.

Elenco afinado

    O presidente é interpretado de forma brilhante e totalmente realista – atenção ao sotaque e ao tom de voz – por Morgan Freeman, sugerido pessoalmente a Eastwood pelo próprio Nelson Mandela. O capitão François Pienaar, interpretado por Matt Damon, que também realiza um ótimo trabalho, ajuda a confundir, de um jeito interessante, ficção e realidade.

Numa produção simplista e propositadamente cheia de cores mais fortes, permitindo o espectador que se ambiente melhor na década em que é retratado, Invictus mostra o início do governo de Nelson Mandela, na África do Sul, quando o país ainda sofria muito com a segregação racial e com a sede de vingança por parte daqueles que eram oprimidos pelo Apartheid.

Transformação pelo esporte

    Com a intenção de quebrar todas as regras absurdas da época e transformar o mundo, Mandela planejava, a todo custo, mesmo que de forma política e racional, diminuir essas diferenças – e o esporte foi um excelente caminho, sendo que a maior oportunidade estava no rugby.

    Conforme o calendário se aproximava da Copa do Mundo de Rugby, sediada na África do Sul, o presidente sul-africano se aproxima de um jovem capitão, que havia acabado de assumir o posto em seu time, para fazer com que houvessem chances reais de o torneio ser vencido para aproximar a população – momento em que ele usa o texto de W. E. Henley, cujo final diz: “Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”.

    Acima dessa profecia, somente o Oscar a Morgan Freeman por sua belíssima atuação. Invictus merece premiações. Não há escapatória: num mix de Clint Eastwood e Morgan Freeman, combinados com uma história real, ainda mais a de Mandela, é vitória na certa.

(Eliane Maciel/Especial para brpress)

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