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Heath LedgerHeath Ledger

Mestre da insanidade

(brpress) - Se no dicionário tivesse uma foto da loucura, ela seria a de Terry Gilliam, diretor de O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, que traz última atuação de Heath Ledger e estreia nesta sexta (07/05). Por Rod Carvalho.

(brpress) – Como já dizia Arnaldo Brandão: “Todos os loucos podem ser homens sãos, tudo o que é são pode enlouquecer. O certo de hoje não é o de amanhã. Loucos não aceitam ordens, convivem com a desordem, o caos é sua lei”. Se no dicionário tivesse uma foto da loucura, ela seria a de Terry Gilliam, diretor de O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (The Imaginarium of Doctor Parnassus, 2009), que estreia no Brasil nesta sexta-feira (07/05) e que traz a última atuação de Heath Ledger (1979-2008).
   
    Mestre dos filmes onde a insanidade é o fator predominante, Gilliam faz o que muita gente gostaria de fazer mas tem medo, fala o que muita gente pensa mas não diz e consegue, assim, realizar obras memoráveis como Brazil, O Pescador de Ilusões, Os 12 Macacos e Medo e Delírio.

     Maldição

     Em O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, o diretor conta a saga de Parnassus (Christopher Plummer – perfeito!), um senhor que comanda um show itinerante, abençoado com o dom de guiar a imaginação dos outros. Seu grande problema é uma maldição que sempre o persegue: jogador inveterado, ele mantém apostas com Sr. Nick (Tom Waits), o diabo.

    O problema é que uma de suas apostas, caso conseguisse a vida eterna, seria entregar a ele sua filha, Valentina (Lily Cole), quando ela completasse 16 anos. Porém, quando a data definida chega, ele muda de idéia e renegocia a dívida, combinando que ele terá que seduzir cinco almas para não perdê-la. Assim, ele promete a mão dela em casamento para o homem que ajudá-lo nesta tarefa.

       Sendo argüidos indiretamente sobre que tipo de escolhas podemos fazer para mudar nossas vidas, como um fantástico conto de moralidade, somos apresentados aos típicos personagens cômicos e selvagens que sempre acompanham as obras de Gilliam: dessa vez temos o anão de circo (Verne Troyer), o jovem bufão (Andrew Garfield) e o misterioso homem recrutado pela trupe durante sua viagem (Heath Ledger).

    Toque de mestre

    Com muitos efeitos especiais e reviravoltas surreais, o mais interessante mesmo é ver como o diretor resolveu as cenas em que Ledger, que morreu antes de terminar as filmagens, faltava filmar.

Certas partes da trama tiverem de ser reescritas para possibilitar que outros atores fizessem o mesmo papel quando seu personagem entrasse no mundo imaginário. E coube a Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell essa encantadora missão.

        Coincidência ou não, maldição ou o que seja, esse contra-tempo todo veio muito bem a calhar. Não sabemos como seria a primeira versão da história com Ledger atuando até o fim. Mas o que podemos ver foi como Gilliam solucionou à sua maneira algo que poderia ter ficado no limbo, simplesmente inacabado. Com seu toque de mestre, ele acabou sendo agraciado com ótimas interpretações de seu casting estrelar, fazendo um filme único, em todos os sentidos.

        Como um personagem diz, certo momento: “Não se pode impedir que se contem histórias”. Dito e Feito.

(Rod Carvalho/Especial para brpress)

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