Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Paul Betthany brilhante como Charles Darwin.cinebuteco.files.wordpress.comPaul Betthany brilhante como Charles Darwin.cinebuteco.files.wordpress.com

Naturalmente evoluído

(brpress) - Nem sempre parecia ser assim na vida doméstica do naturalista Charles Darwin, como mostra o longa de Jon 'O Piano' Amiel, Creation. Por Eliane Maciel.

(brpress) – No drama Creation (Reino Unido, 2009) – e bota drama nisso –, o diretor Jon ‘O Piano’ Amiel desvenda o tortuoso cotidiano doméstico do gênio naturalista  Charles Darwin, interpretado brilhantemente por Paul Bettany. Morte, censura, tabu e um ambiente praticamente similar à Santa Inquisição são o contraponto para a devoção e amor do cientista à mulher fiel e controladora Emma (Jennifer Connelly) e à filha Annie (Martha West, ótima), que assombra nosso herói.

    Creation está dentre alguns dos filmes mais cotados para concorrer à estatueta na premiação do Oscar. A produção estreia no Brasil em março e conta as façanhas do naturalista ao tentar encontrar o equilíbrio entre suas teorias revolucionárias a respeito da evolução e seu relacionamento com esposa extremamente religiosa e temente a Deus, cuja fé no dogma criacionista contradiz totalmente trabalho e pontos de vista do marido.

    Divisor de águas

    O drama se atém a  um Charles Darwin maduro pós-viagens ao redor do globo, quando recolhera amostras diversas de formas vida animal, sofrendo, ao mesmo tempo, toda a pressão e peso na consciência por seus conhecimentos reunidos no livro que escreveria, desafiando as leis místicas das religiões e tornando-se um divisor de águas para a humanidade, quando lançado, em 1859: A Origem das Espécies (cujo tema é destaque em vários círculos de discussões até os dias de hoje).

    Além da controvérsia causada pela obra de Darwin  em si, o longa também gerou tensões em sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Toronto, que alterou sua programação tradicional de dez anos com filmes canadenses na sessão de abertura para apresentar Creation, no último dia 10 de janeiro.

    O co-diretor do festival canadense Cameron Bailey disse à platéia, durante o evento: “Nós dissemos o quanto queríamos causar discussões. E conseguimos. Esta história já tem 150 anos e ainda consegue ser atemporal. É visão humanista sobre Darwin, dividido entre sua crença em Deus e sua devoção pela ciência, que também sofre a dor da perda de um familiar que não pode ser explicada – nem curada – por suas teorias evolucionistas.”

    Jon Amiel, o diretor, ainda reforçou: “Não estamos tentando endossar uma visão única do mundo. Queremos fazer um homem acessível e compreensível a todos. Grupos conservadores religiosos e criacionistas têm sido tão enfáticos na demonização de Darwin que qualquer filme que o mostrar como um ser humano deve ser visto como polêmico”, finalizou Amiel.

(Eliane Maciel/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate