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James Franco em cena de 127 HorasJames Franco em cena de 127 Horas

Quem tem medo de Danny Boyle?

(brpress) - Cineasta conhecido por abordar luta pela sobrevivência em seus filmes, repete a dose – agora cavalar – em 127 Horas, estreia desta sexta (18/02). Por Juliana Resende.

(brpress) – É filme de Danny Boyle? Tem desespero na parada. O espectador bom conhecedor da obra esquizofrênica do cineasta inglês, vencedor do Oscar com a cármica aventura tragicômica Quem Quer Ser um Milionário?, se rebela de novo contra a pasmasseira e vai ao limite da aflição novemente com 127 Horas (127 Hours, EUA/Reino Unido, 2010), em cartaz no Rio, SP, Campinas (SP), BH, Curitiba, Porto Alegre e Salvador, a partir desta sexta (18/02).

    Sim, o filme  é forte e é preciso ter estômago – como para quase tudo na cinematografia de Boyle (o que será que ele vai aprontar na abertura das Olimpíadas de Londres?, incautos se perguntam). Mas ao contrário da autodestruição de Trainspotting, da carnificina de Extermínio e da suposta monstruosidade na montagem para teatro de Frankestein, em cartaz em Londres desde o começo do mês, o diretor junta tudo isso naquela que é a mais humana e simples de suas histórias. E não por ser verídica.

Experiência transformadora

    127 Horas conta a experiência transformadora de Aron Ralston, intrépido alpinista americano que luta pela sobrevivência, após uma rocha cair sobre seu braço e aprisioná-lo em um isolado cânion em Utah. O longa, que encerrou o Festival de Londres deste ano, teve a segunda melhor média por cópia do ano, ao estrear em 5 de novembro nos Estados Unidos em apenas 4 salas e arrecadar US$ 264.851,00. Em apenas cinco semanas, o longa acumula bilheteria de mais de US$ 6,6 milhões.

    Com roteiro de Danny Boyle e Simon Beaufoy, baesado no livro Between a Rock and a Hard Place (também nome de disco/ música do Australian Crawl), de autoria de Aron Ralston e em depoimentos do alpinista, 127 Horas tem recebido elogios da crítica especializada tanto pela qualidade da direção como pela impressionante atuação de James Franco – que lhe valeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator, cerimônia que vai apresentar, por sinal.

    127 Horas concorre também ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Montagem, Melhor Trilha e Melhor Canção Original (If I Rise, de Dido e A. R. Rahman, chamado pela revista Time como o “Mozart de Madras”). Houvesse uma categoria de Melhor Sensibilidade, 127 Horas ganharia de bandeija. E mesmo sendo duro não fechar os olhos em algumas cenas, o filme é uma ode ao amor à vida, à perseverança e a certeza de que o pior sempre vai passar.

    Quanto à Boyle, resta saber o que o move sempre à beira do precipício dos sentimentos humanos – ou nem tanto. É certo que a luta pela sobrevivência está em todos os seus filmes e, por isso mesmo, quase sempre os fins justificam os meios. O cineasta teve de pedir desculpas publicamente a uma espectadora australiana, que desmaiou de choque no filme e baixou no hospital. O episódio, ocorrido com mais cinco pessoas, levou médicos a advertirem: não assista se tiver nervos fracos.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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