Trapaça: me engana que eu gosto
(brpress) - Se você gostou de O Lado Bom da Vida, do mesmo diretor David O. Russell, vai gostar dessa história real sobre sobrevivência, reinvenção e gatunagem. Por Juliana Resende.
(brpress) – Esquizofrênicos, sociopatas. obcecados, excessivos, exuberantes e vaidosos. Assim – como quase tudo nos anos 70 – são os personagens principais e secundários de Trapaça (American Hustle, EUA, 2013), vencedor de três prêmios Globo de Ouro – incluindo um merecido Melhor Atriz para Amy Adams, Oscar de Melhor Decote 2014. Se você gostou de O Lado Bom da Vida, do mesmo diretor David O. Russell, vai gostar de Trapaça. Globo de Ouro de Melhor Filme.
A julgar pelo trailer – no melhor estilo videoclíptico, ao som da canção Good Times, Bad Times, do Led Zeppelin –, o filme parece eletrizante e despudorado. E de fato o é. No entanto, há um hype exagerado em torno da trama, um evento real de captura de políticos corruptos numa operação do FBI, usando um “sheik” mexicano (melhor ainda se fosse paraguaio – sorry, Michael Peãa) e um genial vigarista, Irving Rosenfeld (Christian Bale, irreconhecível), e sua sexy sócia-amante-farsante-fatal Sydney Prosser, aka Lady Edith (Adams, fingindo perfeito sotaque britânico).
Pastiche
O improvável casal acaba sendo pego em plena agiotagem e 171 flagrantes pelo tão ou mais ambicioso agente do FBI Ritchie DiMaso (Bradley Cooper, esquisito de cabelo enroladinho), que passa a chantageá-lo obrigando-o a servir como isca de poderosos corruptos, colocando sua astúcia e gatunice a serviço do “bureau”. Resultado: um divertido pastiche de policial e comédia, onde todos têm culpa no cartório, se amam e se odeiam com a mesma intensidade.
Junta-se a este power trio, a lesada e carente mulher de Rosenfeld, Rosalyn, que Jennifer Lawrence torna ainda mais transtornada e cômica – rendendo-lhe Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante. E já que os atores do principal elenco masculino parecem ter passado por bizarras transformações físicas, o que dizer do megatopete a la Elvis de Jeremy Renner, na pele do prefeito mezzo chicano mezzo italiano Carmine Polito? Quando o espectador acha que já viu de tudo, surge outra supresa na tela: Robert DeNiro, soprano, quer dizer, soberbo ccmo o mafioso Victor Tellegio.
Toda essa exuberância de personalidades e figurinos é embalada por uma trilha sonora de clássitos dos seventies de fazer qualquer devoto do rock n’ roll ajoelhar-se em reverência (não, o filme tem, supreendentemente, pouca coisa de sexo e drogas). E, se depois de tudo isso, você mal estiver se aguentando de curiosidade de assistir ao filme, pode pegar sessões nas pré-estreias, que acontecem neste sábado (18/01), em São Paulo e Rio de Janeiro.
Como O Lado Bom da Vida, Trapaça é uma aula de sobrevivência e reinvenção.
(Juliana Resende/brpress)
Assista ao trailer:
Cinemas onde acontecem pré-estreias de Trapaça:
SÃO PAULO
CINEMARK CIDADE JARDIM – Sala 3
KINOPLEX ITAIM – Sala 2
ESPAÇO ITAU FREI CANECA – Sala 1
CINÉPOLIS JK IGUATEMI – Sala 3
RIO DE JANEIRO
KINOPLEX LEBLON – Sala 4
CINEMARK BOTAFOGO – Sala 2
ESPAÇO ITAU BOTAFOGO – Sala 4
CINÉPOLIS LAGOON – Sala 5