É Tudo Verdade musical
(brpress) - Festival de Documentários abre no Rio com Eu, Meu Pai e Os Cariocas - 70 Anos de Música no Brasil, exibe trajetória de Paulo Moura, provoca com Gil e mostra origens do berimbau e da cuíca.
(brpress) – Neste ano, o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários abre com um filme musical no Rio, nesta quarta (19/04) – Eu, Meu Pai e Os Cariocas – 70 Anos de Música no Brasil –, e apresenta outros títulos que traduzem a brasilidade de alguns sons e artistas, como o clarinetista e saxofonista Paulo Moura.
O documentário sobre o grupo vocal Os Cariocas é assinado pela atriz Lúcia Veríssimo, filha do mestre Severino Filho (1928-2016), um dos principais integrantes do grupo, cuja trajetória se confunde com a da música brasileira. “É um filme de amor: ao pai, à MPB, ao Rio e ao Brasil”, define Amir Labaki, diretor do festival.
Em Paulo Moura – Alma Brasileira (2013), Eduardo Escorel conta a história do instrumentista, arranjador, compositor e regente paulista falecido em 2010 e que permanece uma referência em virtuosismo e brasilidade quando o assunto é música instrumental.
Sons de raíz
Dois documentários traçam ainda a origem de dois instrumentos: o curta O Berimbau (1977), dirigido por Sérgio Muniz para ser um daqueles filmes que por lei (nunca revogada e nunca cumprida) deveriam ser exibidos antes dos longas-metragens estrangeiros nos cinemas brasileiros; e A Cuíca também de 1977 e do mesmo diretor.
E nessa toada desafiadora da chamada Caravana Farkas, que percorria o Brasil registrando cultura e denúncias em plena ditadura militar, há ainda Roda & Outras Histórias (1965), também do prolífico Sérgio Muniz. São cinco canções de Gilberto Gil, então perseguido pela censura, no intuito de provocar o autoritarismo ufanista. Produção realizada com crowdfunding – dinheiro de amigos à época.
Assista ao trailer de Eu, Meu Pai e Os Cariocas – 70 Anos de Música no Brasil: