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Mulheres na guerra: camaradagem. Foto: A2 FilmesMulheres na guerra: camaradagem. Foto: A2 Filmes

Filme destaca olhar de mulheres na guerra

Três Mulheres - Uma Esperança enaltece camaradagem feminina durante o fim da Segunda Guerra. Por Juliana Resende.

(brpress) – Pense no cenário desolador e consumo do final da Segunda Guerra. Agora repense, tendo como “teatro de operações” uma cidadezinha da Alemanha Oriental invadida por 2500 prisioneiros judeus abandonados por soldados alemães num trem, sob o comando do Exército Vermelho. É nessa triste e tumultuada primavera de 1945 que a solidariedade entre três mulheres “inimigas” floresce. 

A história, baseada em fatos reais, é o tema do drama Três Mulheres – Uma Esperança (Lost Transport, 2023, Holanda, Alemanha, Luxemburgo), que chega aos cinemas do Brasil nesta quinta (08/06). Sen alarde e estrelas de Hollywood, essa produção europeia é um “filme de guerra” sob a perspectiva feminina. Com toda.a crueldade, delicadeza e determinação que a situação impõe, mas sem jorrar sangue e sem clichês.

Sob o mesmo teto

O destino do trio do título se cruza quando a holandesa Simone (Hanna van Vliet) desembarca do trem abandonado pelos nazistas vindo do campo de concentração de Bergen-Belsen, pedindo comida a oficiais russos – entre eles, a atiradora Vera (Eugénie Anselin) –, que viriam a matar a mãe da alemã Winnie (Anna Bachmann), durante a ocupação da vila.

À procura de uma cama para o marido doente, Simone invade a casa de Winnie, que é salva por Vera de um estupro coletivo – o crime de guerra mais recorrente contra mulheres até hoje. As três acabam se refugiando debaixo do mesmo teto e, apesar, dos ódios, desconfiança e confrontos, acabam aprendendo a conviver.

Humanista e feminista

Até que o convívio forçado se transforma em camaradagem. É uma relação contida, sem muitas palavras, que vai ganhando corpo ao longo do filme, Cada uma com seus fantasmas, fantasias e ambições, elas se empoderam no apoio e se fortalecem colaborando mutuamente. Essa transformação é muito bonita e emocionante, com a entrega total das atrizes. 

Essa visão humanista e feminista da guerra também vem de mulheres: a diretora Saskia Diesing, que assina o roteiro com Esther Gerritsen. Alemã, Saskia foi para a Holanda aos 8 anos e lá estudou, vive e trabalha. Certamente, entra para a história do movimento por mais cineastas e histórias femininas sendo contadas no cinema com esse filme. 

(Juliana Resende, brpress)

Assista ao trailer de Três Mulheres – Uma Esperança:

#brpressconteudo #losttransport #tresmulheres

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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