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Meryl Streep interpreta Margaret Thatcher em The Iron Lady. cinemaandpopcorMeryl Streep interpreta Margaret Thatcher em The Iron Lady. cinemaandpopcor

Thatcher ‘ressuscitada’

(brpress) - A Dama de Ferro deu a Meryl Streep terceiro Oscar interpretando a ex-premiê britânica, e causa polêmica num Reino Unido à mercê de ajustes dos conservadores.

(brpress) – Ainda não se sabe a opinião de Margaret Thatcher – a primeira mulher da história a assumir um cargo de liderança política de um país, hoje com 86 anos e senil – sobre o filme sobre ela, A Dama de Ferro (The Iron Lady, Reino Unido, 2011), que deu a Meryl Streep seu terceiro Oscar de Melhor Atriz, interpretando a senhora implacável de laquê no cabelo e indefectíveis brincos de bola.

Mas o fato é que, se a “dama de ferro” propriamente dita se abstém, ainda que por enquanto, de comentar sobre sua cinebiografia, o mesmo não se pode dizer de políticos de seu Partido Conservador (os Tories) britânico. Alguns não se calam.

No Reino Unido, o filme gera imensa polêmica. Bom para Meryl – cuja apreciação da genialidade no papel da controversa ex-premiê britânica é uma unanimidade –, bom para a diretora Phyllida Lloyd (a mesma de Mamma Mia!). A crítica se dobra a Meryl, mas o mundo da política está dividido.

‘Meio histérica’

Norman Tebbit, que foi ministro de Thatcher entre 1981 e 1987 e um dos seus mais fervorosos apoiantes, diz não ter reconhecido a “Dama de Ferro” na “mulher meio histérica, demasiado emocional e excessivamente dramática” a que Streep deu vida, e manifestou o seu enorme desagrado com a produção do filme por não tê-lo consultado. “Seria de esperar que tivessem falado com as pessoas que melhor a conheciam, mas não falaram comigo e não sei com quem falaram”.

E um antigo porta-voz de Thatcher, Tim Bell, diz não se dar ao trabalho de ver o filme e (nas suas palavras) “sensacionalizar tal lixo. Não preciso de um filme para me recordar de Lady Thatcher”.

Saudades

A obra é construída a partir de flashbacks sucessivos que esboçam o retrato do que foi a primeira mulher a ser chefe de governo na história do Ocidente – e provavelmente a mais questionada de todos os premiês britânicos. Apesar dessa carga de poder, a diretora afirma que sua intenção não era fazer um filme político, mas algo “quase Shakespeariano, a história de uma líder formidável, mas cheia de defeitos.”

Defeitos? Alguns Tories não admitem sequer a menção desta palavra. Eles – como muitos cidadãos europeus e, sim, até políticos da oposição – parecem sentir como nunca saudade do rigor de Thatcher nesta época em que a Europa segue mergulhada numa crise e Angela Merkel parece não dar conta do recado.

O antigo deputado conservador Matthew Parris disse ao Times que Streep consegue passar com perfeição “a natureza declamatória da forma de falar de Thatcher”. Apesar de criticar o conteúdo, várias figuras ligadas aos Tories manifestaram-se agradavelmente surpreendidas pelo modo equilibrado como o filme, escrito pela dramaturga Abi Morgan, vê uma das figuras mais divisivas da política inglesa e mundial do século 20.

História

Imagens de arquivo mostram as gigantescas manifestações contra suas reformas, as grandes greves de mineiros na Inglaterra, e o atentado do Exército Repúblicano Irlandês (IRA) contra Thatcher, explodinfo o hotel que hospedava a conferência de seu partido em 1984, em Brighton, que matou cinco pessoas – ela escapou ilesa.

A Dama de Ferro parece provocativo e revisionista, apesar de suscitar compaixão pela personagem, ao vir às telas enquanto o novo governo conservador do Reino Unido submete os britânicos a um plano de ajuste semelhante ao de Thatcher nos anos 1980. O filme estreou no Brasil em 09 de fevereiro.

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Assista ao trailer de A Dama de Ferro:

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