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Charlotte terá tudo para levar todo o reino à loucura – sem nunca reinar efetivamente. Foto: telegraphCharlotte terá tudo para levar todo o reino à loucura – sem nunca reinar efetivamente. Foto: telegraph

Poderosa Charlotte

(Londres, brpress) - Os ingleses já sacaram tudo: a princesa poderá se esbaldar sem se prender ao protocolo real, pois será muito difícil ela ser Rainha. Por Juliana Resende.

(Londres, brpress) – Um salva de balas (e rolhas de champanhe) soou na manhã de sábado, 02/05/15, como que anunciando uma nova era na mornarquia britânica: aquela em que uma menina não será mais preterida por um menino – mesmo nascido depois dela – na hierarquia real. É a nova lei de sucessão, promulgada em março último(dizem as más línguas que Kate e Will já sabiam o sexo do bebê). Mas isso pouco importa. O fato é que a serelepe princesinha passou a perna até no seu tio Harry – também segundo bebê real na linha sucessória. Poderosa Charlotte.

    Será? Bem, enquanto os republicanos franceses seguem enfeitiçados por mais um bebê (britânico) real (sim, eles chegaram ao cúmulo de invejar a Inglaterra não só pelo fato de ser um país que realmente produz, consome e exporta música pop, mas porque possui uma família real!), os ingleses, com seu humor ácido sem não-me-toques (especialmente ‘royal’ não-me-toques) e senso de praticidade, já sacaram tudo: Charlotte poderá se esbaldar sem se prender ao protocolo real, pois será muito difícil ela ser Rainha. Praticamente impossível.

    Para que Charlotte Elizabeth Diana ascenda ao trono, será preciso a bisa Betinha bater as botas, vovô Charlie, coroado na sequência, vestir o paletó de madeira, papai Will passar desta para melhor e ainda brother George reinar – e morrer. Se o baladar dos sinos, o rufar dos tambores e o espocar dos tiros acabaram de vez com as especulações nas casas de apostas (leia-se cada esquina de Londres), acerca do nome que seria escolhido para a mais nova integrante da família real britânica, cabem agora apostas (bem mais divertidas) para especular quão desprovida de rédeas reais a Princesa de Cambridge poderá ser.

Curtindo a vida adoidado

    A julgar por seu tio Harry, sua vida será bem mais agitada e menos comportada que a do bom moço William. Afinal, todo segundo bebê real vive bem mais intensa e desecanadamente, ao ponto de parecer não dar a mínima para a opinião pública. “It’s a girl!”, anunciava o letreiro eletrônico no alto da BT Tower, como que numa rsssalva. E a pergunta que fica é: até que ponto uma garota pode se esbaldar tanto quanto um garoto? O próprio Charles aprontou das suas quando assumiu, com traços de bizarrice, seu affair com Camilla.

    Ladies and gentlemen façam suas apostas, Como será a Charlotte adolescente? Uma Spice Girl? Uma Amy Winehouse? Uma Bond girl? Twiggy? Cara Delevigne? Lara Croft? Uma princesa linda, rica e excêntrica com escandalosos affairs com playboys, plebeus, cafajestes em geral e/ou atores + popstars mulherengos (pense em Jude Law, Russell Brand, Pete Doherty!). Charlotte terá tudo para levar todo o reino à loucura – sem nunca reinar efetivamente.

The Great Kate Wait

    Sua gestação foi um evento estendido durante longos nove meses de pura ansiedade coletiva, batizada de Great Kate Wait. A escolha do nome – anunciado com pompa e circusntância, do Hyde Park à Torre de Londres –, só multiplicou o sentimento de frenesi do nascimento da primeira princesa britânica em 25 anos. A mídia tradicional entrou em catarse – afinal, não vendiam tantos exemplares das empoiradas cópias em papel desde o nascimento do príncipe George, o primogênito de William e Kate, com quase dois anos. Redes sociais bateram recordes de menções com a hashtag  – foram cerca de 4500 twittadas por minuto, 15 minutos depois que a princesa veio ao mundo.

    Centenas de ’Royal hardcore fãs’ e a turistada bateram continência e não arredaram o pé do portão do Palácio de Buckingham, muito menos da entrada do St. Mary Hospital, em Paddington. O sentimento geral foi de grande alívio após Will e Kate mostrarem a menina ao público.  Restava o nome. Na falta de acertar um, o povo teve de engolir três dos mais cotados de uma vez só. Alice, que era um dos favoritos nas apostas, não teve chance. Mary, uma possível homenagen à Princesa  Mary Adelaide de Cambridge, nascida há 182 anos e conhecida como “Fat Mary”, também foi (sabiamente) descartada. Vitória? Essa é um outro capítulo – aliás, muito bem contado na biografia Rainha Vitória, de Lytton Strachey.

    A história de Charlotte está para ser contada, sua sorte está lançada. Que a princesa quebre o protocolo e viva uma vida que valha a pena ser vivida – e, principalmente, biografada.

(Juliana Resende/brpress)

FYI – London Calling começou como um boletim diário durante as Olimpíadas de Londres, para a BandNews e Bradesco FM. Virou coluna da jornalista Juliana Resende, editora executiva da brpress, com um pé lá e outro cá.

Ouça aqui os boletins London Calling, especiais para BandNewsFM, produzidos durante as Olipíadas de Londres.

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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