Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Dame Natalie Massenet na abertura da London Fashion Week: Brexit na mira. Foto: Aynur Simsek/BR PressDame Natalie Massenet na abertura da London Fashion Week: Brexit na mira. Foto: Aynur Simsek/BR Press

Brexit na passarela

(Londres, brpress) - Preocupado com saída do Reino Unido da União Europeia, British Fashion Council lança campanha #tiedtogether na London Fashion Week.

(Londres, brpress) – Incerteza e criatividade andam de mãos dadas nesta edição de outono-inverno 2017 da London Fashion Week (LFW), a semana de moda de Londres. A indústria está em polvorosa porque o mercado comum europeu é fundamental para as marcas, seja em importações, exportações ou mão de obra. Preocupado com o Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia – ao que faz questão de deixar claro que foi contra –, o British Fashion Council lançou a campanha #tiedtogether (“amarradosjuntos”, na tradução literal). 

“Nós aplaudimos essa iniciativa e convidamos toda a indústria da moda a resistir unida, deixando claro que está firmemente apoiada em três pilares: solidariedade, unidade e inclusão”, disse, na abertura da London Fashion Week, a diretora do British Fashion Council, e  criadora do maior e-commerce de moda do mundo, o Net-a-porter, Dame Natalie Massenet. 

Engrenagem global

A moda britânica gera 880 mil empregos diretos e movimenta cerca de 28 bilhões de libras (US$ 49 bilhões) anuais. Dame Massenet fez questão de ressaltar que, com todo esse poder, a indústria não deve ficar de braços cruzados esperando o pior acontecer com os milhares de europeus que trabalham na criação, na administração e nas lojas das marcas britânicas-globais – especialmente no segmento de luxo. No fast fashion, a possível perda de acesso diferenciado a países do leste europeu provedores de mão-de-obra barata é um dos fatores de pânico no setor. A União Europeia absorve 70% das exportações da moda britânica. 

Com o Brexit, grandes interesses financeiros e de logística estão em jogo. É fato que a baixa da libra esterlina, após o referendo, contribuiu para aquecer a moda britânica, principalmente no que tange ao consumo. Mas eventos-chave como a London Fashion Week mostram que a engrenagem da indústria – do enorme número de alunos estrangeiros nas escolas de moda às coleções de novos talentos apoiados pelo British Fashion Council – é mais global que uma assembléia geral da ONU. 

Os ânimos estão exaltados na indústria e o British Fashion Council mostrou que não vai deixar barato. “A prioridade dos líderes da indústria é fazer o que for preciso para garantir o direito de suas equipes de cidadãos europeus de permanecer no Reino Unido e nós faremos tudo que estiver ao nosso alcance para apoiá-los”, declarou Massenet, com palavras duras que mais pareciam um discurso de palanque do que glamurosas boas vindas aos jornalistas locais e internacionais cobrindo a LFW.

Internacionalização, aliás, é palavra-chave para a moda “made in the UK”. Na programação desta London Fashion Week é possível conferir criações de diversos estilistas estrangeiros – todos solidamente estabelecidos em território britânico e que são cada vez mais o diferencial da LFW –, como Huishan Zhang, da China, Eudon Choi, da Coréia do Sul, Roksanda, da Sérvia, Bora Aksu, da Turquia, e Ashish, da Índia, só para apontar alguns. 

O International Fashion Showcase, que está rolando paralelamente à LFW, expõe criações de 26 estilistas selecionados entre centenas de concorrentes, do Chile ao Egito (não há nenhum do Brasil nesta temporada). “Prometemos proteger o potencial e os resultados dessa diversidade humana e criativa com todas as nossas forças”, afirmou Massenet. “E consideramos um privilégio poder representar todas estas vozes”. 

Por email

O Brexit está sendo levado tão a sério pelo British Fashion Council que o órgão disponibilizou o email  [email protected] para esclarecer dúvidas e analisar caso a caso. É a política que vai tomando conta dos fashionistas e dos negócios durante os 51 desfiles, 32 eventos e muita, muita gente e agitos querendo tirar uma casquinha da senão mais importante – Nova York segue na frente, apesar da neve –, a mais global semana de moda do mundo. 

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate