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Maria Bethânia lança novo disco e fala sobre o trabalho no Rio. Luiz Lima/BR PressMaria Bethânia lança novo disco e fala sobre o trabalho no Rio. Luiz Lima/BR Press

Bethânia valoriza poesia em novo álbum

(Rio de Janeiro, brpress) - Poético, Oásis de Bethânia mescla parcerias com Djavan, Lenine, entre outros, e é base do show Carta de Amor. Por Angélica Campos.

(Rio de Janeiro, brpress) – A cantora Maria Bethânia recebeu a imprensa, na sede da gravadora Biscoito Fino, no Rio, para falar do lançamento do 50o. disco de seus 47 anos de carreira: Oásis de Bethânia, que chegou às lojas no final de março.

    Em pré-vendas no iTunes Brasil, em apenas uma semana Oásis de Bethânia conquistou o quinto lugar entre os mais vendidos, ao lado de 21 de Adele, The Wall, do Pink Floyd, e Nothing But the Beat, de David Guetta. O disco, considerado conservador pelo crítico Rodrigo Levino, da Folha de S. Paulo, pode ser ouvido na Rádio Maria Bethânia, ferramenta com todas as músicas dela na Biscoito Fino e links para o iTunes e as redes sociais da gravadora.

     “Internética” mesmo sem querer – desde que um blog de poesias, associado à cantora, virou escândalo em manchetes sobre política cultural, por querer captar R$ 1,3 milhão via Lei Rouanet –, Maria Bethânia terá um aplicativo do novo trabalho para iPhone, iPod e iPad, com fotos, discografia e informações sobre o novo disco.

Vinil

    Mas seu amor, digamos assim, de paixão, Bethânia dedicou mesmo foi à “bolacha”, a versão em vinil do novo trabalho, que lhe foi apresentada pela primeira vez nesta coletiva, e que ela exibiu, em estado de puro encantamento, para um público de repórteres igualmente encantados.

    Naquela capa grande, o projeto gráfico de Gringo Cardia causa um impacto extraordinário. Cresce e se multiplica. De repente, parece que o sertão vai virar mar….
   
Intimista

    Neste novo álbum, a cantora – que  se considera uma  “intérprete” e como tal quer ser reconhecida – oferece ao público o retrato de  um  momento mais introspectivo de seu trabalho musical, o primeiro sem a produção de Jaime Alem, seu arranjador por 25 anos.

    Oásis de Bethânia se destaca pelo preciosismo na seleção das dez faixas com letras e dos arranjos, criações inéditas e especiais, que Bethânia escolheu, entre outras 20 músicas, e que representam a “alma” do projeto.

    Esta observação pode ser constatada logo na primeira faixa, Lágrima (Candido das Neves/Hamilton de Holanda, criação musical e acompanhamento ao bamdolim). Nostálgica? Ela garante que não. Sentimental, densa, intimista…pode ser. Um magistral instrumentista e uma vigorosa intérprete: casamento perfeito.

Textos

    Outros “casamentos”, como ela chama, vão se sucedendo nas demais faixas. As letras e as falas poéticas – Bethânia escreveu textos especialmente para o disco. “Sempre escrevi, o tempo todo, mas rasgava e queimava tudo, num ritual de descarrego emocional e autopreservacão”, diz. A poesia, para Bethânia, reflete a valorização da palavra, quase como uma resistência à turbulência  infernal e agitação caótica do mundo atual.

    Em Carta de Amor, canção-poesia inédita com letra e arranjo de Paulo César Pinheiro, ela insere um destes textos poéticos. Indagada sobre o título da canção, e para quem se destinaria, Bethânia não titubeia: “Escrevi esta carta de amor para mim mesma”. Simples assim.

Amigos de coração

    Com a persistência e conviccão de quem empresta a voz  para cravar na paisagem árida do “deserto” sertanejo e brasileiríssimo,  este  oásis  para onde levam os sons, ora tênues, ora pesados dos instrumentos, Bethânia se mistura, até casa, mas nunca se sobrepõe às sonoridades que Lenine, Hamilton de Holanda, Djavan, Marcelo Martins, Jorge Helder e outros bambas arrancam de seus instrumentos.

    “São todos amigos de coração, escolhidos entre tantos outros, para viver comigo esta experiência. São os criadores, também”, diz.

Turnê

    O show Cartas de Amor, que Bethânia estreou no segundo semestre deste ano, mescla música de Oásis de Bethânia e sucessos mais memoráveis. “O show vem do disco. É a base de onde eu parti, da mudança sonora que fiz ali com vários músicos”, conta a cantora. “São dois trabalhos completamente diferentes e complementares. Na preparação do disco, o que prevalece é o demorado trabalho de pesquisa e a solidão do estúdio, o recolhimento.”     No palco, a dinâmica é outra: “Há uma mudança cênica, que exige uma nova concepção”, ressalta.

Ela complementa: “O título do show não se refere apenas à faixa do disco Carta de Amor, mas a todo tipo de amor que canto no show: o amor maduro, o amor inconstante, o amor traído, o amor eterno, o passageiro, o triste e o alegre”.

A cenografia fica a cargo de Bia Lessa e a iluminação por conta de Tomás Ribas. O cenário fantástico de Lessa foi feito para retratar o momento atual de Bethânia e lembrar a natureza e os seus ciclos.

   Aliás, o apelido de Abelha-Rainha, que a cantora de 65 anos angariou nestes 47 anos de serviços prestados à música popular brasileira, deu-se pelo fato de ela ter sido a primeira cantora brasileira a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas de Álibi, de 1978.  

Abelha-Rainha, sim, mas com um toque de Operária: “Sou uma cantora popular, é isso que sou. Com muito orgulho. A música é o meu trabalho, é dele que eu vivo”.  

(Angélica Campos/brpress)

Turnê – show Carta de Amor – Maria Bethânia

18 e 19 de novembro – Rio de Janeiro – Vivo Rio

22 e 23 de novembro – Porto Alegre – Teatro do SESI

01 e 02 de dezembro – Salvador – Teatro Castro Alves

07 e 08 de dezembro – Belo Horizonte – Palácio das Artes

14 de dezembro – Fortaleza – Centro de Eventos do Ceará

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