Bon Jovi agita Morumbi
(São Paulo, brpress) – Show de três horas da banda americana recheado de hits dos anos 80 e 90 e deixa fãs satisfeitos. Por Eliane Maciel.
(São Paulo, brpress) – Nove e dezesseis da noite da última quarta-feira (06/10). As luzes se apagam e a gritaria começa. Imagens circulares nos telões com palavras de otimismo e os primeiros acordes levam o público ao delírio. O vocalista e líder da banda, Jon Bon Jovi, sobe ao palco. Tambem estão presentes Richie Sambora (guitarrista), David Bryan (tecladista) e Tico Torres (baterista). O estádio do Morumbi ecoa num uníssono com as primeiras frases de Blood on Blood, do álbum New Jersey, de 1988.
O Bon Jovi não vinha ao Brasil desde 1995 – desde então, foram quatro álbuns inéditos lançados e cinco turnês. Muito mais simpático e cheio de energia no palco do que pessoalmente, Jon tentava animar o público o tempo todo, pedindo para bater palmas, perguntando se todos estavam acompanhando ou gostando, fazendo caras, bocas, bicos, dando sorrisos e lançando olhares propositalmente sexy. Jon mostrou que sabe o que faz e que cada passo seu é bem pensado, ensaiado.
Pra cima
A segunda música da noite, do novo álbum The Circle (que dá nome à turnê), apesar de não empolgar muito, compôs um momento no mínimo curioso – no telão, inúmeras palavras como “Liberdade”, “Faça Acontecer”, “Quebre as Correntes”, “Inspire”, “O Momento é Agora” (frase que Madonna também usava incansavelmente nos telões de sua última turnê Sticky & Sweet), além de imagens de Martin Luther King, Albert Einstein, Chico Mendes, Obama, Pelé e Lady Di tentaram politizar o hard rock para as massas do grupo.
E o clímax número um da noite só foi acontecer na terceira música: You Give Love a Bad Name. Foi emocionante. Fã da banda desde seus 12 anos, Anna Beatriz, 27 anos, não cansava de gritar “Não acredito que estou aqui. É um sonho!”. E Anna ainda apostou: “Tenho certeza que ele vai cantar todas as músicas que eu quero. You Give Love a Bad Name é uma delas!”. Ela falava como se a banda fosse somente Jon – o que se faz verdade no palco e fora dele, especialmente para o público feminino.
Foram ao todo 28 músicas divididas entre hits dos anos 80 (Runaway, Wanted Dead or Alive, Lay Your Hands on Me – cantado bela e perfeitamente por Richie Sambora, que arrasou como vocalista, Bad Medicine, Born to Be My Baby, I’ll be There For You, Livin’ On a Prayer), que foram os que mais empolgaram, dos anos 90 (Bed of Roses – que encerrou a apresentação –, Keep the Faith, In These Arms, These Days), e o restante, que não empolgou tanto assim – com exceção, claro, de It’s My Life, do álbum Crush, de 2000.
Papo de rockstar
Em um dos momentos em que Jon conversava com o público, ele agradeceu o carinho e se disse envergonhado por terem ficado tanto tempo sem voltar, se auto-questionando do porquê de não virem ao Brasil todo ano. Ele também puxou um coro com o público com a música Happy Birthday, para homenagear o baterista Tico Torres, que completa 57 anos nesta quinta, dia 07/10. Para finalizar, Jon afirmou que o que mais ele sentia falta dos fãs brasileiros eram as vozes gritando.
Jon Bon Jovi usava calças e camisa de couros pretas, e camiseta azul. Ao final do show, trocou o figurino por uma regata vermelha. Ãs 23h27, a banda deu o seu primeiro adeus. Retornou ao palco precisamente às 23h30 e tocou até um pouco depois da meia-noite. A despedida veio com Living on a Prayer com telões repletos de videos miniaturas do YouTube com fãs interpretando a mesma música e, claro, com Bed of Roses para realmente encerrar com chave de ouro.
Nesta sexta (08/10), é a vez do Rio de Janeiro assistir ao último show do Bon Jovi no Brasil:
Praça da Apoteose – R. Marques de Sapucaí , s/nº;
Ingressos: Pista R$ 250; Pista Premium R$ 600; à venda aqui.
(Eliane Maciel/Especial para brpress)