Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Jamie Cullum: piano fez o papel de guitarra em show no festival Natura Nós.Marcos Hermes/DivulgaçãoJamie Cullum: piano fez o papel de guitarra em show no festival Natura Nós.Marcos Hermes/Divulgação

Jamie Cullum arrebata Natura Nós

(São Paulo, brpress) - Cantor compositor britânico castiga o piano e levanta a plateia no melhor show do festival, que tem dia para crianças neste domingo (22/05). Por Leonardo dos Anjos.

(São Paulo, brpress) – Quando o cantor, compositor e multi-instrumentista britânico Jamie Cullum entrou ao palco do Natura Nós, às 19h50 do último sábado (21/05), era fácil (pelo menos para quem não conhecia seu trabalho) não ir com a cara dele. No entanto, o baixinho marrento (ele tem 1,64m) com o cabelo cuidadosamente desgrenhado, terno, gravata e tênis brilhante fez o melhor show do festival.

Para supresa dos cerca de 20 mil presentes, seu jazz pop contemporâneo funcionou – e muito. Os mais afoitos esperariam por um híbrido de Strokes com  Norah Jones. Ledo engano. Cullum é um músico extremamente talentoso, um vocalista de timbre marcante e potente, um showman frenético e com muita personalidade.

Descabelando

Toda a postura sisuda que normalmente se espera de músicos que vêm da escola do jazz não se justifica no comando do inglês de 31 anos. Além de ser o maestro musical de seu próprio show, ele também é um frontman impressionante. Nenhum dos membros de sua banda consegue demonstrar metade da sua energia. No final da música de abertura (I’m All Over It, do seu disco mais recente, The Pursuit), Cullum já tinha o controle da situação.

Dentro do contexto de estar tocando em um festival, ele se desfez de qualquer experimentação dos seus trabalhos de estúdio e entregou ao público uma performance de fácil digestão, com hits e músicas mais agitadas e próximas do pop, além de se certificar que os covers descolados que já gravou estivessem no repertório.

Radiohead, Rihanna e Hendrix

Ou seja, as suas composições mais famosas, como Mind Trick, Twentysomething e All At Sea, figuraram no show as suas versões para High And Dry, do Radiohead, The Wind Cries Mary, de Jimi Hendrix, e o estopim pop Don’t Stop The Music, gravada originalmente pela cantora Rihanna.

Tiro certeiro de Cullum. A plateia se empolgou com as músicas e mostrou ao cantor que ele poderia manter a atenção da audiência por mais tempo, se o cronômetro do show permitisse. Todas as firulas roqueiras de Jamie Cullum durante sua apresentação (pular  em cima de seu piano, correr pelo palco, se jogar no chão) não parecem forçadas; muito pelo contrário.

Piano = guitarra

O show de Jamie me fez lembrar de outra pianista que aterroriza seu piano ao vivo: a grande Tori Amos, que em sua música Northern Lad, apregoa “I guess you go too far, when pianos try to be guitars” (“Eu acho que você vai longe demais quando pianos tentam ser guitarras”). Em sua música, ela ironizava os comentários sobre a maneira visceral com que tocava o instrumento. A mesma ironia – e liberdade poética – se aplica a Cullum.

Confira o setlist de Jamie Cullum no Natura Nós:

I’m All Over It

Get Your Way

Twentysomething

Don’t Stop The Music

Next Year, Baby

These Are The Days

Mind Trick

High And Dry

Mixtape

All At Sea

The Wind Cries Mary

(Leonardo dos Anjos/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate