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FOTO – Thiago Pethit mostra o repertório de seu primeiro disco.farm4.static.flickr.comFOTO – Thiago Pethit mostra o repertório de seu primeiro disco.farm4.static.flickr.com

O elo perdido Thiago Pethit

(Curitiba, brpress) - Indie mas com um som muito peculiar, músico mostra, nesta sexta (04/06), canções de seu primeiro CD, Berlim, Texas. Por Adriane Perin.

(Curitiba, brpress) – Indie mas com um som muito peculiar, músico mostra, nesta sexta (04/06), às 22h, no Era Só o que Faltava, canções de seu primeiro CD, Berlim, Texas.

Com produção de Yuri Kalil, nome já conhecido dos trabalhos com o Cidadão Instigado, o disco já está sendo considerado um dos melhores do ano. São onze faixas, ao longo das quais Pethit exercita seu jeito pessoal de fazer música.

Pethit preparou o caminho com o EP Em Outro Lugar (2008) e o single Fuga No 1 (2009). No disco novo, demonstra bem as intenções ao deixar registrados os ruídos dos instrumentos e do corpo, como respirações. 

Para construir sua sonoridade pop particular, ele colhe elementos de sua formação em artes cênicas e dos estudos de composição e canto de tango, para criar o clima de “vaudeville”. 

O resultado é um astral mais dramático que parece nos levar de volta para dentro de um cabaré berlinense.

Em entrevista exclusiva por e-mail, Thiago Pethit conversou com a brpress:
 
A sonoridade que você criou não é exatamente figura fácil no circuito alternativo/independente. Você se considera parte desse circuito?

Thiago Pethit – Na prática, sim, faço parte desse mesmo circuito.  No Brasil, a música independente – pois nem acho que seja “alternativa” – ficou segmentada entre os eletrônicos, os rockers ou a tradicional MPB, um pouco mais cabeçuda, talvez. Ou você faz música explicitamente jovem ou música para a geração dos meus pais e tios. O espaço, na prática é realmente o mesmo, mas o meu som talvez seja um elo perdido entre algumas vertentes.

Depois de uma leva de novas cantoras-compositoras, agora há uma leva de cantores-compositores aparecendo. É uma tendência ser artista solo ao invés de banda?

TP – Acho que a composição se tornou o caminho mais literal para a autenticidade de um artista. Isso que chamamos de trabalho autoral, que diferencia um artista do outro, um estilo do outro, o que torna singular. Ninguém agüenta mais a mesmice. Não acredito que seja uma tendência, pois num mercado tão cruel quanto o independente, é muito mais difícil levar um trabalho sozinho nas costas. Mas é certamente um período novo e necessário para muitos músicos em começo de carreira, para fugir das normas e principalmente dos padrões musicais gastos.

Seu disco está sendo bem recebido. Isso já mudou algo em sua rotina de trabalho?

TP – Ainda não vivo só de música, mas tenho vivido 100% para a música. Acho que por isso também meu trabalho tem tido algum destaque. Minha rotina mudou logo quando lancei um EP, em 2008. E percebi que teria de investir meu tempo nisso, para colher frutos futuros. Desde o lançamento em março, tenho tido bem pouco tempo livre. Isso é bom, pois consiste em convites para shows, trilhas e outras coisas com música. Mas cada trabalho desses exige outros mil trabalhos de produção, tempo, divulgação, etc.

Como você avalia a música brasileira produzida atualmente?

TP – Acho que a música brasileira do circuito tradicional ainda está presa a mesmices e sistemas de mercado falidos. A música no circuito independente, por sua vez, está num momento de grande ebulição. Tem aparecido espaço para tudo e todos. Até trabalhos como o meu, que até então não tinham espaço nas prateleiras, têm ganhado destaque e formado público.

Você criou uma sonoridade mais pesada, mais densa. Como foi a construção dela?

TP – Quando comecei as gravações de Berlim, Texas eu já sabia que queria trabalhar com essa sensação de escuta, muito próxima. Muito real. Muito como no teatro, que nós podemos sentir e ver de muito perto as respirações dos atores. Então, com o produtor, Yury Kalil, decidimos escancarar essa crueza nos arranjos e no som de todos os instrumentos também. Digo que são músicas de cabaré, sujas, erradas e vivas, como um show ao vivo sempre é.

Você cita Tom Waits, mas seu som lembra Tetine, que também usa o teatro. O que te inspira?

TP – Trabalhei 10 anos como ator e minha formação veio do teatro. Isso pra mim é a maior influência. Músicos que passaram pelo teatro, geralmente têm essa linguagem de cabaré como Tom Waits, Nick Cave, Cida Moreira. Mas me sinto inspirado por quase tudo que escuto. De certa forma meu trabalho é um pouco resultado dessa cultura jovem multifacetada, multi tasking, multi muitas coisas.

(Adriane Perin/Especial para brpress)

 R$20 e R$10. 
Era Só o Que Faltava (Avenida República Argentina, 1334 )
Informações: 41 3342-0826

Para ouvir o som e acompanhar a agenda de shows:
http://thiagopethit.com/

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