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Linton Kwesi Johnson, poeta do dub, canta no Back2Black Festival. Foto: Stella BrukLinton Kwesi Johnson, poeta do dub, canta no Back2Black Festival. Foto: Stella Bruk

O morro invade o reino

(Londres, brpress) - Brasil reinou na primeira noite do festival de música afro-brasileira Back2Black, que acontece na capital britânica.

(Londres, brpress) – O Brasil reinou  na primeira noite do festival de música afro-brasileira Back2Black, que acontece na capital britânica, neste final de semana (29/06 a 01/07), e tem dois grandes motivos para celebrar: é a primeira edição fora do Brasil – alocada dentro do festival London 2012, evento cultural oficial paralelo aos Jogos Olímpicos –, e é palco para a comemoração dos 70 anos de Gilberto Gil – que, além de ser a atração principal, assina a curadoria.

    O festival, que já acontece há três anos na Estacão Leopoldina, no Rio de Janeiro, tem como intuito reforçar as ligações culturais entre Brasil e África, mesclando vários representantes da black music contemporânea: do samba ao hip hop passando pelo rap, pelo funk, reggae e blues. Mas na última sexta (29/06),  foi o Old Billingsgate – prédio onde, no século 19, funcionava um mercado de peixe e que foi reformado em 1982 para abrigar os mais diversos eventos culturais da cidade – que tremeu. Foram oito shows, divididos em três palcos.

Melô e Emicida

    A abertura contou com a mistura dos projetos culturais da Inglaterra e Brasil: Drum Heads & Pracatum Drumming School + Rum Alabê. No palco principal, Luiz Melodia mostrou o lado sensual do balanço brasileiro, desfilando elegantemente clássicos do seu repertório. O rapper Emicida esquentou o público no palco Terrace , às margens do rio Tâmisa, com o seu hip hop de protesto, fazendo a galera gritar “Fuck the system!”. Depois, Mart’nalia subiu ao palco para uma breve ‘jam’.

Touré e Kwesi Johnson

    Representante-mor do som sofisticado de  Mali e conhecido como “Hendrix do Sahara”, Vieux Farka Touré trouxe sua guitarra hipnótica ao palco Vauts, com muito rock, reggae e soul. O poeta do dub e rei do raggamuffin Linton Kwesi Johnson, acompanhado por Dennis Bovell, mostrou que o cruzamento da Jamaica e Reino Unido vai muito além do reggae e do ska.

    Depois, ainda teve espaço para a cantora americana Macy Gray mostrar sua mistura dançante de blues, pop, hip hop, funk e soul com muito brilho, lembrando as divas negras das décadas de 70 e 80.

Hip Hop Rio

    O Baile Funk deixou a plateia multicultural londrina impressionada com a desenvoltura e flexibilidade dos passos da dança. A certa altura, todo mundo tentava emular as coreografias das “popozudas” no pequeno palco Vauts. O DJ Sany Pitbull comandou o baile. MC Fininho mostrou toda sua improvisação e malícia do funk carioca, comandando o Duelo dos Passinhos com Michel Quebradeira e Shokolate: mistura de samba, frevo e hip hop.

     Mas, sem dúvida, quem abafou na primeira noite do Back2Black foi Marcelo D2, com duas horas de show que não deixou ninguém parado. D2 fez o espaço do palco principal se transformar num grande salão de baile. Sem entender as letras, os gringos contavam com os amigos brasileiros para traduzir os comandos de D2.

    Renato Venom, convidado especial, ajudou a agitar a galera. Mas quem acompanhou D2 todo o tempo no palco foi o músico Fernandinho Beat Box. No final do show, algumas fãs se juntaram aos rappers para fazer o reino dobrar-se perante o verdadeiro samba no pé das brasileiras.

(Stella Bruk, especial para brpress)
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