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Modelo de sala de música que o Rock in Rio pretende montar em dez escolas municipais do Rio de Janeiro.DivulgaçãoModelo de sala de música que o Rock in Rio pretende montar em dez escolas municipais do Rio de Janeiro.Divulgação

Rock in Rio ‘pelo social’

(Rio de Janeiro, brpress) - Festival dá a dez das 1064 escolas municipais cariocas salas de música com 30 instrumentos, TV de LCD, DVD, ar-condicionado e isolamento acústico. Por Gabriel Demasi.

(Rio de Janeiro, brpress) – A Escola Municipal Pereira Passos, no bairro do Rio Comprido, é uma das dez eleitas entre 1064 escolas municipais cariocas que serão contempladas com salas de música do projeto Rock in Rio – Por um Mundo Melhor. O anúncio desta contrapartida social do festival foi feito na última terça (07/06), num evento-show no Centro de Referência da Juventude da Cidade de Deus, favela conhecida internacionalmente pelo filme homônimo.

A Pereira Passos vai receber uma sala de música até o fim do ano, com 30 instrumentos, TV de LCD, DVD, ar-condicionado e isolamento acústico. Sheila Maria Guasti Ramalho, diretora da escola , diz estar animada: “Independente do objetivo real dessas ações, ficamos muito feliz de termos sido escolhidos. A proposta é muito boa para atrair as crianças”, afirma Ramalho. A ação é parte de uma série de benfeitorias, que forma uma engajada jogada de marketing do empresário carioca Roberto Medina, criador do festival. Desde 2001, Medina adotou o slogan “por um mundo melhor” e se engajou em projetos com contrapartidas sociais.

Entre as ações desenvolvidas foram plantadas mais de 40 mil árvores; foram construídos uma escola, na Tanzânia, e um centro de saúde, no Maranhão. O Rock in Rio também formou 3.200 jovens no ensino fundamental, no Rio de Janeiro; colocou 760 painéis solares em escolas públicas, em Lisboa; e montou 14 salas sensoriais em ONGs para atender crianças com deficiências mentais e visuais.

Além disso, desde 2006, o Rock in Rio se compromete a compensar 100% das emissões de CO2 do evento (com auditoria da Delloite) e investiu num plano de redução de emissões, que incluiu a elaboração de um manual de boas práticas para patrocinadores e fornecedores, o qual vem sendo aperfeiçoado a cada edição e é utilizado até hoje em todos os países onde é realizado.

Instrumentos e shows

Para esta edição, além das salas de música nas escolas municipais, estão previstas a distribuição de 2.250 ingressos duplos para alunos da rede pública de ensino (por meio de concurso cultural) e a capacitação de 40 jovens como aprendizes de luthier (fabricantes de instrumentos). Eles serão responsáveis pelo restauro dos instrumentos que serão captados na campanha de doação de instrumentos usados, também promovida pelo festival, e que vai até 07/09, via 154 agências dos Correios no Rio, cadastradas no site oficial do Rock in Rio (www.rockinrio.com.br).

Após o lançamento dos projetos por Roberta Medina, presidente da Dream Factory, empresa que promove o Rock in Rio, houve um show da banda Capital Inicial aberto à comunidade. De acordo com o Tenente Coronel Rocha, do BOPE, cerca de mil pessoas compareceram ao local e não houve nenhum esquema especial de segurança.

No início da venda dos ingressos, que já estão esgotados, o preço da meia-entrada era R$ 95,00 (segundo site oficial do evento) – valor impraticável para jovens de baixa renda. Durante os seis dias do festival – de 23 a 25/09, 30/09 e 01 e 02/10, a previsão é de público diário de 100 mil pessoas. Considerando somente o preço da entrada mais barata, o faturamento somente da bilheteria giraria em torno de R$ 10 milhões.

Ana Lúcia Simões, moradora da Cidade de Deus, não poderá assistir aos shows: “E o bolso? Tava muito caro, não sobrou dinheiro para comprar”. Para grande parte da população da Cidade de Deus, Rock in Rio, só nos telões, mesmo. Foi pensando nos que não podem pagar pelos ingressos que o festival se comprometeu a transmitir ao vivo, em telões, ao longo de todo o evento, os shows para as comunidades da Cidade de Deus e do Batan, em Realengo.

(Gabriel Demasi/Especial para brpress)

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