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Ry Cooder une irlandeses do Chieftains e músicos latinos no CD San Patricio.comicsandoimage.files.wordpress.comRy Cooder une irlandeses do Chieftains e músicos latinos no CD San Patricio.comicsandoimage.files.wordpress.com

São Patrício, versão mexicana

(Belfast, brpress) - Uma banda irlandesa soando latina com um guitarrista bluesy. Assim é o CD San Patricio, do Chieftains, com participação de Ry Cooder, de carona do dia do santo. Por Juliana Resende.

(Belfast, brpress) – Um banda irlandesa soando latina com um guitarrista bluesy. Assim é o disco San Patricio, do Chieftains, com participação de Ry Cooder, que acaba de chegar às lojas dos EUA, Irlanda e Reino Unido. O momento para este lançamento é mais que apropriado, já que o Dia da São Patrício se aproxima.

A história é antiga. O melhor: as histórias são antigas. Tanto a origem de São Patrício (em torno de AD 387–493) – o padroeiro da Irlanda cujo dia, 17 de março, é comemorado com muito fervor e bebedeiras homéricas dentro e fora da ilha –, quanto a participação dos irlandeses na guerra entre EUA e México, lutando tecnicamente pela hegemonia do Tio San, mas ideologicamente pela causa dos mexicanos. “Ah, esses irlandeses!”, já dizia o Rei Eduardo I, em Braveheart, quando o pelotão irlandês do exército inglês se confraterniza com os escoceses que deveriam combater em pleno campo de batalha.

Raízes em comum

San Patricios, como chamava a companhia de imigrantes irlandeses do exército americano, acabaram trocando de lado na luta e somando forças com os mexicanos na defesa do território do México. Resultado: foram todos executados por deserção depois do fim do conflito. Mas são considerados heróis em Churubusco, região da grande Cidade do México, onde há até um memorial para os San Patricios.

Agora, o grupo irlandês The Chieftains conta essa história por meio da música. Um das faixas, Persecucion de Villa, tributo ao revolucionário mexicano Pancho Villa, do começo do século 20 tem uma melodia idêntica à música Kevin Barry, composta em homenagem ao jovem soldado do então Exército R epublicano Irlandês, executado depois de uma rebelião contra os ingleses.

Latino-celta

Com uma pegada latina em meio a instrumentos celtas, com flautas, pipes, violinos e borhans, a banda convida o americano Ry Cooder para, afinal, fazer sua parte com a guitarra mais famosa da world music. Cooder não somente toca e canta, mas também co-produz o álbum, agregando os convidados latinos como Lila Downs, Los Tigres del Norte, Los Folkloristas, Los Cenzontles e cantor Chavela Vargas, de 90 anos, além dos compatriotas Linda Ronstadt, David Hidalgo, do Los Lobos, e Cesar Rosas.

Alguns convidados já se preparam para cair na estrada como os Chieftains, na turnê de San Patricio, atualmente nos EUA – que marca presença neste St. Patrick’s Day, na mais irlandesa das cidades americanas, Nova York.

Os Chieftains acertam em misturar o folk irlandês e o mexicano com o auxílio luxuoso de Cooder. Mas o resultado sonoro é menos excitante do que a própria história que o álbum traz à tona.

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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