The Bad Plus bota rock no jazz
(São Paulo, brpress) - Imagine Tom Sawyer, do Rush, em versão instrumental jazzy; é só o começo, quando se trata do trio americano, que faz três shows em SP.
(São Paulo, brpress) – Imagine o hino Tom Sawyer, do Rush, tocado em versão instrumental jazzy. E isso é só o começo, quando se trata do trio The Bad Plus. Segundo o jornal The New York Times, é a banda que, melhor que nenhuma outra – e há alguma outra que se atreva? –, mistura todas a vertentes do jazz, incluindo o jazz rock, ao rock propriamente dito. O grupo toca pela terceira vez no país, nesta quarta (25/05), às 22h, no Bourbon Street Music Club, e na quinta e sexta (26 e 27/06) no Sesc Pompéia, a preços populares.
Formado por Reid Anderson (baixo), David King (bateria) e Ethan Iverson (piano) o trio está em turnê do mais recente disco, Never Stop (E1 Entertainment, 2010), em que mistura jazz tradicional, be bop, rock e música eletrônica. Segundo Anderson disse a O Estado de S. Paulo, o motivo pelos quais o Bad Plus grava músicas de grupos de rock, como Nirvana, Rush e Tears for Fears, é para manter-se conectado com uma parte importante da tradição do jazz: o diálogo com a música popular. “De jeito nenhum uma canção como Smell Like Teen Spirit, do Nirvana, nos é estranha”. O estranhamento geralmente parte do público: “É um bom desafio”, afirmou o músico.
Como o também trio e norte-americano Medeski, Martin & Wood, o Bad Plus opera no seleto rol do jazz de vanguarda. “Sim, é legal ser chamado de moderno”, reconhece Anderson. Não à toa, o trio gravou o eclético Never Stop no famoso Pachyderm Studio, na região rural de Cannon Falls (EUA), por onde passaram as bandas de rock Soul Asylum, Wedding Present, Babes in Toyland, PJ Harvey e até Nirvana. Desse jeito, é difícil não ser absorvido pela vibe rocker que faz o diferencial do Bad Plus.
SERVIÇO
25/05Bourbon Street – Rua dos Chanés, 127; (11)5095-6100. Ingressos: R$ 120.
26 e 27/05Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93; 3871- 7700. Ingressos: R$ 16.