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Rita Lee: praça no Ibirapuera. Foto: Guilherme SamoraRita Lee: praça no Ibirapuera. Foto: Guilherme Samora

Rita Lee vira nome de praça no Ibirapuera

Em vez do parque todo, que ela frequentava antes de ser inaugurado, Praça da Paz Ibirapuera incorpora cantora e homenagens seguem.

(São Paulo, brpress) – Há pouco mais de um ano,m Rita Lee (1947-2023). Desde então, a rainha do rock brasileiro recebeu diversas homenagens, incluindo seu nome In Memorian, na cerimônia do Grammy 2024. Teve estreia de peça autobiográfica, relançamento de biografias e agora a Praça da Paz, no Parque Ibirapuera, foi rebatizada de Praça da Paz Rita Lee. 

Virar nome de praça – ainda que pela metade, dada a combinação esdrúxula do nome original do local com o de Santa Rita de Sampa – gerou um bocado de polêmica.  

Parque Rita Lee

Por Rita ter uma relação muito forte com o parque, o projeto inicial, assinado pela vereadora Luna Zarattini (PT), era mudar o nome do Ibirapuera para Rita Lee. Porém, após mudanças no texto final, foi decidido que somente a Praça da Paz homenagearia a cantora.

O projeto de lei foi proposto dois dias após a morte dela, em 08/05/2023. Mas só foi sancionado em 21/06 pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), passando a valer a partir do dia 24/06.

Floresta mágica

Nascida na Vila Mariana, onde morou até os 19 anos, Rita costumava frequentar o Parque Ibirapuera, antes mesmo de o local ter esse nome. Em seu livro Outra Autobiografia, lançado em 2016, Rita dedicou um capítulo para contar sobre a sua relação com o local – uma ampla área verde, ainda não delimitada como parque –, apelidado por ela de “floresta mágica”, onde fazia piqueniques aos domingos.

Além disso, Rita e suas amigas cuidavam de árvores e plantavam pés de frutas, legumes e verduras no local. Quando o parque foi inaugurado, no aniversário de 400 anos da cidade de São Paulo, em 1954, Rita viu parte das árvores ser substituída por asfalto, cimento e construções e foi categórica: “O sonho acabou”.

No entanto, o Ibira esse continuou a ser frequentado por ela, com diversas menções ao longo de seu livro, contando sobre seus passeios semanais até o Planetário – local do velório da cantora. Foi ali, naquela triste tarde, que a ideia de chamar o parque de Rita Lee começou.

Mel Lisboa e bioficção

O fato é que tudo relacionado à Rita Lee desperta acaloradas paixões. Não à toa, a peça Rita Lee – Uma Autobiografia Musical, com Mel Lisboa como Rita Lee pela segunda vez (a montagem anterior foi Rita Lee Mora Ao Lado), tem ingressos esgotados até o fim da temporada 15 de setembro – só há alguns lugares para a sessão das 16h, em 03 de agosto. 

Na onda do aniversário de um ano da morte da cantora, o livro Rita Lee Mora Ao Lado – Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock (Garota FM Books, R$75,00) foi relançado na Feira de Livros do  Festival de Documentários Musicais In-Edit Brasil, com prefácio atualizado de Mel Lisboa, que parece ter mesmo incorporado Rita Lee ( “só que bem mais bonita”, segundo a própria) com assustadora semelhança – até no comportamento.

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No dia em que comecei a ensaiar, virei vegana. Estou vegana pela Rita.

Mel Lisboa
Autor e musa falecidos

Rita Lee Mora Ao Lado havia sumido das livrarias desde o falecimento do seu autor, Henrique Bartsch, em 2011, que não pôde ver o sucesso de seu livro, nem sua adaptação para o teatro. A “bioficção”, narrativa ficcional com fatos reais, tem a história de Rita Lee Jones narrada por Bárbara Farniente, uma vizinha invejosa.

Rita adorou esse recurso e deu seu aval – além de uma banana para os Mutantes, sua primeira banda e da qual foi expulsa, formando depois o Tutti Frutti. “Sei que nenhum dos ex-membros dos Mamutes considera tal livro merecedor de crédito, portanto o escolho como nossa melhor biografia-lixo”, declarou, com o habitual deboche.

Na mesma toada, Chris Fuscaldo escreveu Discobiografia Mutante (2018). O livro tem a “orelha” assinada pelo Titã Charles Gavin, na ausência de Henrique Bartsch. Pesquisador para A Divina Comédia dos Mutantes (1996), de Carlos Callado, foi com ele que Fuscaldo trocou muitas histórias sobre Rita e Mutantes por e-mail – muitas contadas em Discobiografia Mutante.

#brpressconteudo #RitaLee

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