Lição de espírito esportivo
(brpress) - Filme mostra como Tenório, judoca B1 –100% cego –, compete tanto em eventos paraolímpicos com Olimpíadas com a mesma serenidade. Por Rod Carvalho.
(brpress) – “Eu não tenho medo, pois a vida é pra arriscar”. E ele tem razão. Com 37 anos, totalmente cego, sua paixão pelo judô o levou ao auge de um esporte, conquistando um dos títulos que
todo atleta almeja conquistar: o de campeão olímpico. Só que no caso de Antônio Tenório, ele não foi apenas uma mas quatro vezes. E também tema do filme dirigido por Felipe Braga e Eduardo Hunter Moura – B1: Tenório em Pequim, que estreia nesta sexta (03/09).
Ao acompanhar o judoca na
preparação para sua quarta Olimpíada, os documentaristas registram momentos especiais, tanto dentro como fora dos tatames. O que vemos é um ser humano lidando com seu potencial, aceitando suas vitórias e derrotas, com a mesma serenidade e nunca deixando sua deficiência abalar a autoconfiança.
Sensibilidade
Um fato curioso é que Tenório, um judoca B1 100% cego, é um dos poucos atletas no mundo que compete
tanto em campeonatos paraolímpicos como nos regulares.
Com uma a qualidade de som excepcional, nossa audição é propositalmente direcionada
para sentirmos, ou melhor, escutarmos, os mínimos ruídos, aguçando esse sentido no intuito de nos identificarmos ainda mais com a realidade do atleta.
Além disso, somos brindados com uma trilha sonora tântrica, hipnótica, que parece acalentar Tenório em toda sua trajetória até o pódio. B1 é mais que um exemplo de vida e determinação. É uma experiência única, onde podemos comprovar que “obstáculo” nada mais é do que uma palavra que existe apenas na página de um dicionário qualquer.
(Rod Carvalho/Especial para brpress)