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Treino da seleção brasileira em KazanTreino da seleção brasileira em Kazan

Atenção para os erros

(Moscou, brpress) - Ao contrário do Brasil, França fez um um jogo espetacular contra a Bélgica. Pressinto que o vitorioso será o campeão de 2018. Inglaterra e Croácia têm méritos incontestáveis. Chegaram porque mereceram.  Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*, especial para brpress

(Moscou, brpress) – Tudo bem que o futebol é um jogo. E nesse contexto a Bélgica foi mais competente do que o Brasil. Tudo bem também que tem gente que aplaude o trabalho do técnico Tite e não responsabiliza os jogadores pela derrota. Respeito todas as opiniões, inclusive aquelas que frontalmente contrariam a minha. E não vou adoçar a pílula. Penso que é nessa hora que devemos assimilar as falhas para tentar corrigi-las no futuro.

   Vejo qualidades no trabalho do treinador. A começar pela ótima campanha nas eliminatórias, revertendo uma situação que ameaçava até a classificação da seleção brasileira para a Copa da Rússia. Mas tenho de admitir que sua teimosia em manter algumas peças influenciou no resultado geral da equipe. E temos de reconhecer também que o técnico espanhol Roberto Martinez deu um banho de tática no primeiro tempo do jogo contra a Bélgica. As jogadas fulminantes de contra-ataques com Lukaku e Hazard em cima de Fagner, com a péssima cobertura de Fernandinho, decidiram o jogo.

Críticas para aprimoramento

   Alguns jogadores não podem ser poupados, até porque se não houver críticas não haverá aprimoramento. Fagner foi um peso morto na lateral direita. Na partida contra a Bélgica parecia jogador de pebolim. Marcelo não reeditou nem 10% do craque que acompanhamos no Real Madri. Fernandinho e Paulinho sucumbiram a uma limitação pessoal que deve ser enxergada. Podem até jogar bem em seus clubes, mas nunca foram protagonistas, nem nos clubes, na seleção. William e Felipe Coutinho jogaram aquém das suas possibilidades e terminaram a Copa decepcionando. Gabriel Jesus, que, segundo Tite, foi muito importante taticamente, acabou sendo o centro-avante que jogou cinco partidas de uma Copa e não marcou nenhum gol. O futuro comentará desabonadoramente esse fato.

Cai-cai

   Deixei Neymar para o final. O maior astro da seleção brasileira não fez o que dele se esperava. E ainda abusou do já famoso cai-cai e simulações de faltas que estão aniquilando a sua imagem aqui no exterior. No Brasil, fizeram memes no whats app e a gozação rola até hoje. Deve-se reconhecer que ele é muito visado pelos zagueiros. Mas é inquestionável que exagera nos tombos e quedas.

   A seleção brasileira perdeu dentro do contexto explicado na abertura desse texto. Como perderam Alemanha, Espanha, Argentina e outros favoritos para ganhar a Copa. Não crucifixo ninguém, mas também não fico aplaudindo um time que poderia ser campeão. Mas que ficou no meio do caminho pelos seus próprios erros e pela falta de competência. E reconheçamos: porque encontrou pela frente um adversário categorizado.

Decisão

   França e Bélgica fizeram um jogo espetacular. Pressinto que o vitorioso será o campeão de 2018. Do outro lado, Inglaterra e Croácia decidirão a outra vaga com méritos incontestáveis. Chegaram porque mereceram.  

(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e cinco Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. 

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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