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Missão da Apollo 11 tripulada pousa na lua em Julho de 1969. Foto: NASA/Neil A. ArmstrongMissão da Apollo 11 tripulada pousa na lua em Julho de 1969. Foto: NASA/Neil A. Armstrong

Astronautas que disseram não e sim à vida pública

brpress) - Ao contrário do americano Neil Armstrong, tema do filme O Primeiro Homem, brasileiro Marcos Pontes, ministro de Bolsonaro, segue passos de colegas na Espanha, Canadá e França.

(brpress) – Astronautas nem sempre estão no mundo da lua, como ressaltou Marcos Pontes, o primeiro brasileiro a ir ao espaço e agora o primeiro a ser ministro, da pasta Ciência e Tecnologia, no Brasil. Apesar de parecer ser uma tendência de orbitarem no universo político, ao contrário de Pontes e outros astronautas, vale lembrar que o primeiro homem a pisar na Lua, o americano Neil Armstrong, nunca quis entrar para a política sequer como candidato, mesmo não faltando convites. 

A trajetória de Neil Armstrong (1930-2012) até a célebre frase “Este é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”, dita sem ensaio ou script, enquanto caminhava na superfície do satélite da Terra, pode ser mais conhecida no filme O Primeiro Homem (First Man, 2018), com Ryan Gosling (Blade Runner 2049, La La Land) no papel do astronauta mais famoso do mundo (o russo Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço, não teve a mesma publicidade).

 Altamente condecorado, admirado e assediado pela indústria, pelo marketing e por partidos políticos, Armstrong permaneceu com a mesma sobriedade inabalável que o tornou o homem ideal para comandar a Apolo 11, na missão histórica que o fez aterrissar em solo lunar em 20 de julho de 1969, há 49 anos, e retornar à Terra. Foi quando Armstrong viveu o auge da sua popularidade, mas continuou cada vez mais avesso à vida pública. O mesmo não se pode dizer dos ex-astronautas John Glenn,  o primeiro astronauta norte-americano a entrar em órbita da Terra, e Harrison Schmitt, 12º e último homem a pisar na Lua, que se elegeram senadores.

Ministros espaciais

Armstrong era frio e calculista, mas o filme de Damien Chapelle mostra um homem enlutado pela morte da filha pequena e de vários astronautas por trás do engenheiro aeronáutico, aviador e militar – as mesmas qualificações que dão ao sorridente Marcos Pontes credenciais para chefiar a pasta da Ciência e Tecnologia no governo do recém-eleito presidente Jair Bolsonaro. O nome do astronauta vem sendo tratado como surpresa e leveza a um governo com tantos desafios e desafetos. Mas não foi de Bolsonaro a ideia de tornar astronautas ministros. 

Na Espanha, o astronauta Pedro Duque é ministro da Ciência desde junho deste ano. No Canadá, o primeiro-ministro moderninho Justin Trudeau anunciou o astronauta, engenheiro e ex-presidente da Canadian Space Agency Joseph Jean-Pierre Marc Garneau como ministro dos Transportes, em 2015. A França inovou ainda mais indicando a astronauta feminina Claudie Haigneré para ministra da Pesquisa e Novas Tecnologias, em 2002. 

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