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Vocalista do Rage Against the MachineVocalista do Rage Against the Machine

Rage Against Pista ‘VIP’

(brpress) - Entre falhas de som, acidentes, invasões e empurra-empurra, cultuada banda Rage Against the Machine mandou recado político no SWU. Por Camila Téo.

(Itu/SP, brpress) – A julgar pela mobilização nas redes sociais, a pequena cidade-satélite paulista de  Itu conheceria o furor da raiva contra a máquina. É que os fãs da banda Rage Against the Machine (RATM) estavam organizando pela internet, uma invasão de protesto conta a Pista VIP, no primeiro dia do Festival Starts With You (SWU), que a cultuada banda fecharia como atração principal, pela primeira vez no Brasil. Isso realmente aconteceu e o RATM teve de interromper a apresentação.

Novo invento dos produtores de shows para cobrar ingressos exorbitantes dos endinheirados e privar a “turma do gargarejo” e da “prensa” (pela devoção ao artista e vale-tudo pela visão frontal do palco), os setores VIP já têm sido alvo de revolta, xingamentos e , claro, cobiça. No Rush, no Morumbi, a hostilidade  na “fronteira” entre os “VIPs” (cujo ingresso custava R$ 500) e os “não VIPs” (que pagaram R$ 250) era embalada por um coro nada agradável de “Pista VIP vai tomar no cu…”. Pois no SWU, a grade que separava o palco do setor VIP (R$ 640) rompeu com o empurra-empurra – consequência da invasão.

O show havia começado pouco antes, por volta das 22h20, quando uma estrela vermelha tomou conta do Palco Ar, símbolo socialista que dava por anunciada a chegada de Zack de La Rocha, Tom Morello e sua turma. Embora não haja registros que alguém tenha se machucado, alguns tiveram de ser retirados da “prensa” por passarem mal. Por conta disso, a apresentação teve de ser interrompida. O RATM disse que não voltaria a tocar sem a certeza de que estivessem todos bem. Isso aconteceu às 23h, quando voltaram a se agitar muitas bandeiras vermelhas – principalmente com a fotografia de Che Guevara – em riste na plateia.

‘Apagão’ no som

Um pouco depois de ter parado o show para pedir calma ao público, o grupo teve de administrar uma nova interrupção: dessa vez por conta do sistema de som, que simplesmente parou de funcionar. A falha intrigou a todos que  já estavam no evento desde o início do dia e relataram que, até o momento, nada de errado havia acontecido – a exceção das enormes filas para tudo. Este incidente fez com que o vocalista Zack pedisse ajuda do público: “Vocês estão ouvindo?” ou “Estão comigo? Todos?”,  perguntava, com a mão atrás da orelha, se guiando pelo retorno.

Solucionado o novo problema, a banda não decepcionou e tocou seus maiores sucessos de um repertório repleto de músicas politizadas e mensagens contra o sistema capitalista, como Testify, Bombtrack e a mais esperada da noite, que fechou a apresentação, Killing in the Name. Para inflamar o público – como se precisasse – , o RATM mencionou “causas” brasileiras, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e desejou “muita força” aos seus integrantes com a canção People of the Sun. Detalhe: Tom Morello tocou usando um boné do movimento.

Mais informações sobre o festival SWU: www.swu.com.br

(Camila Téo/Especial para brpress)

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