Plebe Rude: o concreto racha de novo

(Brasília, brpress) - Banda prepara álbum de inéditas e novo DVD e será a única brasileira a tocar no Lollapalooza Chile. Wemerson Santos conversa com Philippe Seabra.

(Brasília, brpress) – Formada nos anos 80, a banda Plebe Rude atravessou três décadas ostentando um dos sons mais expressivos do rock nacional. Sob sua autoria estão discos que remontam um pedaço da história de uma geração. Entre os mais famosos: os politizados O Concreto Já Rachou e Nunca Fomos tão Brasileiros. E este ano, um após o lançamento de seu mais recente disco , R ao Contrário, e quase vinte anos desde a pausa, a banda promete um álbum de inéditas e um DVD.

    Caso siga o dinâmica recente do CD e DVD independente Rachando Concreto – 30 Anos ao Vivo, que concorreu ao Grammy Latino, sobram razões, estéticas e históricas, para celebrar o novo álbum.

    Embora comedido ao falar sobre os detalhes de suas novas criaturas, o vocalista, guitarrista e líder Philippe Seabra ressalta que não trará ao público nada muito diferente da essência da banda. “Será apenas a boa e velha Plebe fazendo seu melhor”, diz.

Gaita de folie

     Seabra adianta que entre as novas canções produzidas em seu estúdio – dez ao todo –, haverá uma faixa que usa a base da música Dança do Semáforo, tocada ao vido na rádio Fluminense, em 1984. Música até então nunca regravada pela banda. “Além disso, o novo álbum trará uma mistura de instrumentos exóticos: gaita de folie, violoncello e sanfona – será um trabalho bem legal”.

    Quem lê o depoimento do guitarrista e conhece o som da banda já sabe o que esperar: letras politizadas e inflamadas, com uma pegada new wave e punk rock. Bê-á-bá que serviu para catapultar a Plebe entre as mais cultuadas bandas de Brasília.

    É a mesma mistura que o quarteto atual – Philippe Seabra (guitarra e voz), Clemente (guitarra e voz), André X (baixo) e Marcelo Capucci (bateria) – apresentará como único  representante do Brasil no  Lollapalooza Chile (31/03).

(Wemerson Santos/Especial para brpress)