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Prometheus a anos-luz da realidade

(Londres, brpress) - Prometheus se inscreve dentro de uma nova corrente de revisionistas da história, que sustenta que nossa espécie e suas civilizações foram desenvolvidas por alienígenas. Será? Por Issac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Prometheus, de Ridley Scott, que estreia nesta sexta (15/06), no Brasil,  é, hoje,  um dos filmes mais vistos no mundo devido às conjecturas que apresenta para a polêmica sobre a evolução passada e futura da espécie humana.

    A superprodução de ficção científica narra que os humanos foram criados como réplicas de extraterrestres, os quais logo decidem destruir-nos (sem saber por que), utilizando os conhecidos monstros de Aliens, também de Scott, e armas biológicas de destruição massiva.

Revisionista

     Prometheus se inscreve dentro de uma nova corrente de revisionistas da história, que sustenta que nossa espécie e suas civilizações foram desenvolvidas por alienígenas. Esta corrente faz uma síntese entre a religião (que mantém que fomos criados por uma inteligência superior) e a ciência (que assegura que somos um produto da evolução, mediante seleção natural).

    As teorias de Prometheus e de Erich Von Daniken (autor do best seller Eram os Deuses Astronautas?, de 1968), e dos que citam “astronautas ancestrais” são uma forma de se contrapor a Darwin e à sua teoria da evolução para introduzir um componente “divino” em nossa origem.

    No início de Prometheus, aparece um humanóide extraterrestre autodesentegrando-se em uma catarata para fazer com que seu DNA se espalhe pela Terra, gerando as sementes de nossa espécie.
   
    A seguir, no ano 2089, a heroína do filme, que sempre porta uma cruz brilhante, descobre pinturas rupestres de até 37 milhões de anos numa caverna de uma ilha escocesa e um mapa de uma constelação de onde vêm os “engenheiros” de nossa espécie.

Realidade

    Nos quatro anos seguintes se desenha, fabrica, viaja e chega ao mundo de nossos criadores a nave Prometeu A Escócia esteve sob gelo até uns 10 milhões anos atrás, sendo inabitável.

    Quatro anos-luz é a distância mínima que existe entre nosso sol e a estrela mais próxima (Alfa Centauro). Nada pode viajar mais rápido que a luz e resulta inacreditável que daqui a oito décadas sejamos capazes de desenvolver foguetes com uma velocidade dezenas de vezes maior que esta, e que estes (como no caso de Prometheus) sejam propriedade não de um Estado, mas de um trilionário.

    Prometheus descobre uma base espacial extraterrestre, inacreditavelmente, em sua primeira aterrizagem e revela que os “engenheiros” são deuses humanos, que nos criaram à sua imagem e semelhança, mas que, há dois milênios, decidiram mandar-nos um dilúvio que não chegou (não de água, mas de armas de destruição massiva).

    Se na Bíblia Jeová castigou seu povo várias vezes por obedecer a outros deuses, neste filme parece que os deuses extraterrestres querem fazer o mesmo justamente quando nasce Cristo e tem início a era atual, na qual o monoteísmo substitui o culto aos deuses celestiais.

Assista ao trailer de Prometheus:

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics. É um dos analistas políticos latino-americanos mais publicados do mundo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou no Facebook. Tradução: Angélica Campos/brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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