Quarta-feira nobre
São Paulo, brpress) - Foi uma noite de gala das equipes paulistas. O Rio de Janeiro voltou a se transformar no Recreio dos Bandeirantes. Mais: Ronaldinho Gaúcho e Comitê Olímpico. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – Foi uma noite de gala das equipes paulistas. O Rio de Janeiro voltou a se transformar no Recreio dos Bandeirantes. Para quem não é dessa época, antigamente, os timaços de São Paulo iam à Guanabara e sempre davam exibições fantásticas, culminando com vitórias marcantes.
O Santos começou pressionado pelo Botafogo no Engenhão, mas no segundo tempo virou o jogo e ganhou por 2X0 com méritos. O goleiro Rafael, de novo, foi o destaque do time.
Aí foi a vez de o São Paulo comprovar que está mesmo em ascensão. Ganhou do Vasco da Gama em São Januário, com a autoridade de quem está avisando a torcida que a vaga da Libertadores será conquistada.
Ficou também uma mensagem do Tricolor paulista para o carioca: pena que a recuperação está acontecendo tarde demais. Porque, senão, o título seria disputado palmo a palmo.
Para terminar a noite de forma memorável para o futebol paulista, o Corinthians recebeu o Flamengo e ganhou de virada por 3X2. Depois do jogo, Tite confessou que, a partir de agora, vai começar a operação Japão. E as atenções estarão concentradas no Mundial Interclubes.
Operação
A suspensão de Ronaldinho Gaúcho deixou no ar uma sensação de perseguição contra o Galo. O caso, visto na televisão pelo procurador do STJD, sem ter sido citado na súmula do árbitro, foi tratado com muito rigor.
Sem sua principal estrela, o Atlético-MG perdeu no meio de semana e se distanciou ainda mais do Fluminense. Aliás, a cada dia o Tricolor vai aumentando as suas chances de ganhar o Brasileiro deste ano. Com competência, sorte e a ajuda de santos, arcanjos e nem tão santos assim.
Formação de talentos
Há alguns anos, o Comitê Olímpico, junto com algumas Confederações, está treinando um seleto grupo de jovens que poderão se transformar em atletas de elite. A intenção é a conquista de medalhas em Mundiais e Olimpíadas.
O trabalho é louvável e com certeza dará frutos. Mas ainda não atingimos o caminho correto para transformar o país em uma potência olímpica.
Enquanto não se massificar o esporte, começando pelas escolas do ensino fundamental, não se atingirá o nível necessário para se extrair jovens com potencial e qualidade.
Esporte é cultura. E também educação e saúde. O melhor caminho, portanto, é começar na escola.
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e oito Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.