Kiss: tudo que um show deve ser
(Porto Alegre, brpress) - Com 2h25 de atraso, banda mais quente do mundo arrasou na estreia da turnê no Brasil. Por Marcel Bittencourt.
(Porto Alegre, brpress) – Há quem diga que o impacto de um show do Kiss é algo inenarrável. Somente quem esteve em uma apresentação dos quatro carnavalescos mais famosos do rock pode afirmar, com propriedade, toda a emoção e a erupção de sentimentos despertada pelo circo que conecta palco e plateia num único transe.
Foi o que aconteceu na última quarta-feira (14/11). A banda trouxe a Porto Alegre, em mais um show da turnê Monster, tudo que um show de rock deve ser – e mais um pouco. Mesmo com atraso de 2h25. Sim! Em função de um problema logístico, os equipamentos do Kiss ainda estavam sendo montados enquanto a banda gaúcha Rosa Tattooada, que abriu o show, se apresentava, já com uma hora de atraso em relação ao cronograma divulgado previamente.
Quando foram sanados todos os problemas surgidos nos bastidores, o relógio já marcava 23h25. Foi quando as luzes se apagaram e a tradicional narração que introduz as apresentações do Kiss ecoou pelo Gigantinho praticamente lotado: “Porto Alegre… You want the best, you’ve got the best! The hottest band in the world: KISS!”.
Explosões e a queda do pano com o logo da banda dão início a um dos maiores espetáculos da terra, ao som da clássica Detroit Rock City. Na sequência, mais dois clássicos absolutos: Shout it Out Loud e Calling Dr. Love levantaram ainda mais os fãs que ovacionavam continuamente os nova-iorquinos.
Hell or Hallelujah
“Porto Alegre… é bom estar de volta com nossos amigos”, agradece Paul Stanley, antes de anunciar duas músicas do mais recente álbum: Hell or Hallelujah e Wall of Sound, cantadas respectivamente por Paul Stanley e Gene Simmons.
Tanto a velha dupla – o guitarrista com estrela pintada no rosto e o baixista linguarudo – quanto as novas músicas obtiveram grande aceitação do público, mostrando que o Kiss continua brindando seus fãs com material de qualidade, enquanto estes (independente da idade) continuam atentos às novidades da banda.
Sem malabarismo
A partir dali, o repertório foi de canções conhecidas que marcaram a história do Kiss e do próprio rock and roll: War Machine, I Love It Loud e Psycho Circus mantiveram o pique da apresentação, assim como God of Thunder e Love Gun que, apesar de prejudicadas pelas circunstâncias (os atrasos e o porte do local não permitiram o “voo” de Gene Simmons em God of Thunder, nem tampouco a tradicional tirolesa de Paul Stanley em Love Gun), cumpriram seu papel de incendiar ainda mais o espetáculo.
Por fim, a belíssima Black Diamond ganhou um charme todo especial com a inserção de um pequeno trecho de Stairway to Heaven em sua introdução e encerrou com chave de ouro a primeira etapa da apresentação.
Em seguida, a banda retorna para o bis e instiga a audiência: “Podemos voltar?” Como era de se esperar, recebem um sonoro “Yeah!” antes de emendarem uma trinca de tirar o fôlego: Lick It Up, I Was Made For Lovin’ You e o hino Rock and Roll all Nite.
A noite memorável se encerrou então com mais fogos e explosões. O saldo foram enorme estrutura e clássicos incontestáveis. Ótima iluminação, som impecável. Telões gigantescos. Carisma, feeling e, acima de tudo, uma receita simples de música de festa, celebração de toda a energia do rock.
Sorte dos fãs paulistas e cariocas, que poderão ver e ouvir o que os gaúchos já puderam presenciar: um dos maiores e melhores shows da atualidade.
(Marcel Bittencourt/Especial para brpress)
Setlist
Detroit Rock City
Shout It Out Loud
Calling Dr. Love
Hell Or Hallelujah
Wall of Sound
Hotter Than Hell
I Love It Loud
Outta This World
(Solo de guitarra e bateria – Tommy e Eric)
God of Thunder
Psycho Circus
War Machine
Love Gun
Black Diamond
Lick It Up
I Was Made For Lovin’ You
Rock and Roll All Nite
Mais sobre o novo disco e turnê Monster do Kiss aqui.