Madonna reafirma reinado
(brpress) - Provocações sexuais dão lugar a mensagens políticas e à família no palco: o filho Rocco e o novo namorado são bailarinos da turnê MDNA.
(brpress) – No Rio (que, num lapso, chamou “Hey, São Paulo!”), ela atrasou três horas para subir ao palco. Mas não repetiu a gafe em São Paulo, há quase um ano, num dos shows da turnê MDNA. Reincindir num erro não é do feitio de Madonna. Afinal, a primeira mulher da história do showbis a gerenciar sua própria carreira não chegou ao poder máximo do Olimpo pop vacilando.
Ela tem o controle de tudo – ou quase tudo. Seu filho Rocco, de 12 anos, parece à vontade e, sim, fora de controle, quando fez um showzinho à parte de breakdance na frente da mãe coruja. O garoto, fruto do casamento com Guy Ritchie, participou de todos os shows da turnê MDNA. E Madge parece gostar desse lance família, apesar de seu passado supostamente pregresso. O namorado desde 2011, o bailarino Brahim Zaibat, de 25 anos, também estava no cast.
Se há improviso no espetáculo? Definitivamente não (só se baixar um santo na cantora de Like a Prayer e outros hits sacro-eróticos(. Não dá tempo de piscar errado. Madonna calcula tudo, trabalhando com uma equipe de 22 bailarinos – aos 55, ela ainda dança muito bem e canta, bem, canta um pouco melhor devido às técnicas que aprendeu desde os primeiros esganiçados de Everybody (1982). Lá se vai uma vida…
Mise-en-scène
Mas ela continua resistindo a tudo e todas – e no topo. Segundo a revista Forbes, Madonna foi a cantora mais bem paga do mundo em 2013, faturando US$ 125 milhões, boa parte com a turnê MDNA. Lady Gaga, aos 25, passou longe mesmo no segundo lugar, com US$ 80 milhões.
O fato é que Gaga não sai do encalço de Madonna. Pedra no sapato? Não, são botas, muitas botas, entre as 700 peças de figurino trocadas no correr do cronômetro da MDNA,ao longo de 21 músicas distribuídas em quatro atos, muita ironia (Lady Gaga é um dos alvos) e tiradas planfletárias que deram rolo na França (suástica na testa de Marine Le Pen) e na Rússia (apoio às Pussy Riots), e fizeram bonito em campanha aberta para Barack Obama.
Resumindo, quem viu um show de MDNA viu todos. Mas Madonna é sempre Madonna e, quatro anos depois de sua última passagem pelo Brasil, sua volta já deixa saudades. Se ela soubesse da ópera a metade do Mensalão e de Rosemary e Lula, será que iria continuar querendo que Dilma fosse aos shows?
(Juliana Resende/brpress)