Ai Weiwei: chinês do barulho
(São Paulo, brpress) - Interlancing reúne, no MIS, boa parte do material que transformou artista e ativista em pedra no sapato das autoridades chinesas.
(São Paulo, brpress) – Preso, solto e impedido de sair da China desde que voltou ao seu país e passou a atazanar o regime comunista sempre veiculando sua arte à política, direitos humanos e liberdade de expressão, o artista e ativista Ai Weiwei chega a São Paulo por meio de centenas de obras. É a mostra Interlancing, que reúne, a partir desta quarta-feira (06/02), no Museu da Imagem e do Som (MIS), boa parte do material, em imagens e vídeos, que o transformaram na pedra no sapato das autoridades chinesas.
Wei Wei também marcou presença em Londres, durante as Olimpíadas Culturais, na coletiva Memory Marathon da galeria Serpentine, reunindo diversos artistas, escritores, historiadores, músicos e cineastas, como Michael Stipe, ex-REM, e David Lynch. Um verdadeiro sarau em que o chinês participou ativa e virtualmente. “O que realmente me transformou no que sou foi a internet”, diz ele a O Estado de S. Paulo.
De sua casa, em Pequim, Weiwei faz o maior barulho e continua a fazer arte – seja em formato eletrônico ou na arquitetura. Na Serpentine, ele enviava mensagens pela rede sobre memórias veiculadas em telões de LED exibidas para o público. No MIS, suas mensagens “subversivas” poderão ser decodificadas em fotos, monitores e projetos arquitetônicos – como o sensacional estádio Ninho de Pássaro, feito para a Olimpíada de Pequim.
Visitação: terça a sexta, das 12h às 21h; sáb., dom. e feriados, das 11h, às 20h. Grátis.
MIS – Av. Europa, 158; (11) 2117-4777
Assista aqui ao trailer do documentário Never Sorry sobre Ai Weiwei.
E ao vídeo Ai Weiwei does Gangnam Style: