Legítimo campeão
(São Paulo, brpress) - Objetivo principal do Corinthians era a Libertadores, mas Paulistão não foi deixado de lado. Mais: Rodrigo Braghetto e feverção no Tricolor. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – O Corinthians dividiu suas atenções neste primeiro semestre. Claro que o objetivo principal era a conquista da Libertadores. Mas, em nenhum momento, o Paulistão, com seu regulamento esdrúxulo, foi deixado de lado.
A comissão técnica sabia que fatalmente o clube alcançaria a classificação para as fases decisivas. Tanto que ficou com o modesto quinto lugar entre os oito melhores. E em desvantagem para a Ponte Preta, na hora que precisou goleou o adversário em Campinas, depois venceu o São Paulo nos pênaltis e foi superior ao Santos nos dois jogos decisivos.
Pela 27ª vez o título paulista vai para o Parque São Jorge. Merecidamente!
Decisão digna
Rodrigo Braghetto foi sorteado para apitar a decisão do Paulistão. Divulgou-se que ele estava sob suspeita, pois era dono de uma empresa que prestava serviços para o Corinthians.
O caso poderia preocupar se a empresa de Braghetto servisse apenas ao Corinthians. Mas centenas de clubes, inclusive Palmeiras e São Paulo, são seus clientes.
Para não levantar suspeitas e também em meio ao terremoto da arbitragem de Carlos Amarilla na quarta-feira, Rodrigo Braghetto fez o que deveria ser feito: pediu para não trabalhar na Vila Belmiro. Mostrou também, com transparência, que não havia nenhum conflito de interesses. Mas por precaução, pulou do barco.
Essa é mais uma razão para a reflexão dos cartolas de que a arbitragem precisa ser profissionalizada. Chega a ser incompreensível a resistência dos dirigentes.
Ferveção
Os bastidores do São Paulo estão quentes. A humilhante desclassificação na Libertadores e o longevo mandato de Juvenal Juvêncio movimentam conselheiros e associados influentes.
Como se sabe, o presidente são-paulino está em seu terceiro mandato mediante uma liminar judicial, que pode ser cassada a qualquer momento.
O problema é que a oposição no São Paulo é muito incompetente e não tem nomes de peso para pleitear o lugar de Juvenal. O presidente poderia sair por cima, mas insiste em ficar no trono como se fosse o Rei da Babilônia.
Comenta-se que o médico Marco Aurélio Cunha pode ser o candidato contra a atual gestão, o que o vereador paulistano nega neste momento.
Enquanto isso, a torcida fica impotente e acompanha os desdobramentos de um comando superado e má administração. Há problemas em todos os setores do CT da Lapa.