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Skank lança novo discoSkank lança novo disco

Skank faz trilha para manifestações

São Paulo, brpress) - Em entrevista exclusiva, Samuel Rosa conta que Multidão, música do novo disco Velocia, composta com BNegão, é reflexo do país. Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – Quem vê quase 3 mil pessoas cantando juntas, numa única apresentação do Skank em São Paulo, em 14 de março deste ano, não imagina que Samuel Rosa ainda sofra com aquela ansiedade de principiante que não abandona nem o mais experimentado pop star, para obter o aval da plateia. Sim, ela está incendiada, naquele ponto da música É Proibido Fumar, um dos maiores sucessos do Skank.

    Mas a releitura do hino da Jovem Guarda é música velha, dos velhos tempos. Tempos em que o Brasil crescia 50 anos em cinco, slogan do governo Juscelino Kubitschek. Corta. Estamos em 2015, e o Skank volta em sintonia com o calor da atualidade. Tempos de incerteza política e de indigestão com o governo Dilma, com denúncias, improbidades, impunidades e inoperâncias. E o Skank tem um hino para esse sentimento e momento: Multidão, escrita e cantada com o rapper carioca BNegão.

É incrível como Multidão cai como uma luva para a voz das ruas (leia a letra baixo e ouça no Spotify). A música integra o novo disco, Velocia – que também dá nome à nova turnê. Velocia estreou no Rio de Janeiro, no final de 2014. Passou por Florianópolis, e, em Sampa, parafraseando a  turma do “era uma brasa, mora”, teve sua prova de fogo.  “Estamos muito felizes de voltar a São Paulo”, diz Rosa, em entrevista exclusiva à brpress.

(Juliana Resende/brpress)

A ÍNTEGRA DESTE CONTEÚDO ESTÁ DISPONÍVEL PARA LICENCIAMENTO. Fale conosco: comercial@brpress.net .

Multidão (part. B. Negão) – Skank

A multidão está pegando fogo
 (O fogo vai queimar) /
 Tudo está pegando fogo / 
Por que não aparece ninguém? / 
Por que ninguém aparece
A multidão também está com fome
 (Com fome ela está) / 
O pão vem do trabalho do homem
 / Precisa de trabalho e não tem
 / A vida com trabalho é nobre
Vamos começar de novo 
(Quem faz, o que faz, por que faz) / 
Vamos virar esse jogo 
(Quem cai, quem sai, quem vai)
 / Vamos devolver em dobro
 (Quem faz, o que faz, por que faz) / 
Vamos remover o mofo
 (Quem sai, quem vai, quem cai)
A multidão levanta a voz do povo
 (O povo quer cantar) / 
Levanta a voz do povo / 
E não é por mal é pro bem
 / Se não vai por bem, vai por mal
A multidão não quer papel de bobo
 (E o jogo vai virar) / 
Ninguém aqui é bobo / 
Nós vamos engatar esse trem
 / Vamos embarcar nesse trem
Vamos relembrar em coro
 (Quem faz, o que faz, por que faz) / 
Feijão na mesa do almoço 
(Sem mais, que tais, fico em paz)
 / Ladrão vai para o calabouço 
(Quem vai, quem sai, quem cai)
 / Água limpa nesse povo
 (Quem sai, quem vai e quem cai)
A multidão está na rua de novo
 (De novo ela está) / 
A multidão toda ao redor do globo
 / Vamos engatar esse trem / 
Vamos embarcar nesse trem
Pra começar tudo de novo
 (Quem faz, o que faz, por que faz) / 
Vai envolver o mundo todo
 (Quem vai, quem sai, quem cai)
 / Lavar o chão, passar o rodo 
(Quem sai quem vai, e quem cai) / 
Não vamos afundar no lodo 
(Quem faz, o que faz, por que faz)
Não adianta manipulação / 
Entre erros e acertos, sabemos porque lutamos
 / Sabemos de que lado estamos, irmão
 / Essa é a situação / 
A cada estória contada pelo coração / 
Ter coragem pra cantar essa canção
E pede aos céus e a oxalá coragem pra vencer / Vencer esse dragão / 
Dragão gigante da pura maldade e opressão
 / Muitos tentarão e outros tantos tombarão / 
Levante na verdade, enxergue a luz que vai além deste instante / Na voz real que flui de cada habitante / 
Nas ruas, nos becos / 
Amotinados dançam e avançam pra bem longe do medo escravizante / 
Comemore esse momento, nossa ação não será em vão
Chega de sermos cidadãos esmagados
 / Oprimidos e violentados pelo estado / 
Vampirizados pela maior parte da
 classe dominante, este sim, os verdadeiros terroristas / 
Que tudo fazem pra se manter no poder, numa guerra suja
 / Enquanto a população real luta pra sobreviver / 
Luta por uma dignidade mínima / 
Querer existir, sem a respiração
 / Presa, sem medo, ou seja: 
Não queremos sobreviver, queremos viver
Se expressar não é crime, aceitar tudo
 pacificamente já não é mais possível / 
Se a população não é ouvida
 / A população tem que se fazer ouvir / 
Se a população nunca foi respeitada / 
Tá na hora de se fazer respeitar / 
Somos todos seres humanos e não classes e subclasses de gente / 
Chega dessa vida aparente / 
Direitos e deveres todos temos / Temos direito de soltar o grito, preso na garganta / 
Amordaçado pelos opressores, lobos em pele de cordeiro / 
Aqui quem fala é B Negão, brasileiro, cidadão do mundo
 / Transmitindo diretamente das ruas do Rio de Janeiro.

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Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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