eroína da HQ Pindorama
(São Paulo, brpress) - HQ ‘made in Pernambuco’ Pindorama – que tem entre os personagens de um Recife pós-apocalíptico a figura feminina mais importante do cangaço – volta com segundo volume, lançado na CCXP.
HQ ‘made in Pernambuco’ tem entre os personagens a figura feminina mais importante do cangaço e se passa num Recife pós-apocalíptico.
(São Paulo, brpress) – Nem só de entretenimento gringo vive a CCXP (Comic Con Experience). Um dos destaques do evento, que rolou no último final de semana, em São Paulo, foi a HQ ‘made in Pernambuco’ Pindorama – que tem entre os personagens de um Recife pós-apocalíptico uma Maria Bonita futurista. A figura feminina mais importante do cangaço volta ao segundo volume da HQ, lançado na CCXP.
“Samuel, o protagonista, depois de ser alvo de experimentos científicos por parte do misterioso Coronel, desenvolve os poderes para se tornar o super-herói Calango. De quebra, encontra Maria Bonita, líder da gangue de travestis inspirada no cangaço que aterroriza a cidade”, revelou o autor Erick Volgo à Folha de Pernambuco. “É uma história de super-herói que tem elementos da nossa cultura dentro desse contexto globalizado… E isso se dá nesse encontro dele com a antagonista Maria Bonita”, continua.
Apesar de o protagonista ser um homem, é Maria Bonita que dá tom do conflito de classes e gêneros explorado em Pindorama. “Sam é um herói clássico, um homem branco que cresceu ainda numa determinada situação confortável. Maria Bonita é uma anti-heroína, uma travesti negra que nasceu em uma periferia. Ela tem uma outra história de vida e luta por outras coisas. É uma espécie de justiceira”, explica Volgo.
Musculosa e feminina
O visual da Maria Bonita de Pindorama mescla o chapéu de cangaceira, os óculos de Lampião e sapatos que lembram o esquisitão e altíssimo modelo Armadillo, do estilista inglês Alexander McQueen. É uma figura meio espectral, que vaga pelo “Hellcife” – a cidade foi atingida por um tsunami e ficou parcialmente submersa.
O primeiro e o segundo volume foram desenhados por diferentes ilustradores, respectivamente Lehi Henri e Rapha Pinheiro. Volto observa que a Maria Bonita de Lehi é muito mais feminina, e a de Rapha é mais musculosa”. Em tempos de empoderamento feminino, a trajetória libertária de Maria Bonita desperta cada vez mais fascínio na nova geração . Por isso, licenciamentos de empreendimentos e projetos com o nome desta mulher à frente de seu tempo – e primeira a se unir ao bando de Lampião – tendem a aumentar com as celebrações dos 80 anos de sua morte, em 2018.
Onde encontrar
O primeiro episódio de Pindorama está disponível para download na página oficial do Facebook.