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Michel Temer toma posse como presidente da República em solenidade no Congresso Nacional e recebe os cumprimentos do senador Aécio Neves. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilMichel Temer toma posse como presidente da República em solenidade no Congresso Nacional e recebe os cumprimentos do senador Aécio Neves. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

‘Amargor’ deve passar com avanços, diz Temer

(Brasília, brpress*) - Presidente também pediu que seus ministros não "tolerem" acusações de que os parlamentares se arrependeram do processo de impeachment ao conceder a Dilma o direito de exercer funções públicas.

(Brasília, brpress*) – Mal assumiu a presidência, após o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer embarcou na noite desta quarta-feira (31/08) para a China, em visita oficial. Após pedir aos ministros que façam publicidade das ações do governo e que busquem desburocratizar as atividades em cada pasta,Temer disse que o “amargor” das pessoas que foram às ruas foi causado em parte pela “cifra assustadora” de desemprego, que seu governo promete combater.

 Ao conduzir a primeira reunião ministerial depois de tomar posse na Presidência da República, Temer pediu que cada pasta crie um grupo “para desburocratizar as medidas que são tomadas no geral pelo ministério”. Além de defender a descentralização de ações, o presidente pediu que cada ministro “cuide da sua área com afinco” e divulgue em entrevistas as ações de cada órgão, evidenciando que fazem parte do “conjunto governativo”.

Em uma crítica ao governo de Dilma Rousseff, Temer defendeu “conexão permanente entre Legislativo e Executivo”, visando à aprovação dos projetos de interesse do governo enviados ao Congresso – entre eles, a polêmica e difícil reforma da Previdência. “O que se dizia no passado é que os partidos aliados não participavam da formulação de políticas governamentais. Eu não quero que isso aconteça. Por mais que se façam críticas, temos que dialogar com o Legislativo insistentemente”, afirmou.

Após a reunião ministerial, Temer foi para a Base Aérea, onde embarcou para a China para participar de uma reunião com investidores chineses, de encontros bilaterais e da Cúpula de Líderes do G-20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta). Ao mencionar o tema, o presidente ressaltou que não está “indo passear” e que o intuito desta e de outras viagens internacionais é trazer recursos externos para o Brasil.

Reformas urgentes

“A partir de hoje, eu peço a gentileza de que, indagados a respeito da viagem, vocês divulguem que estamos indo para revelar aos olhos do mundo que temos estabilidade política e segurança jurídica”, disse Temer aos ministros. Ele pediu também a ajuda dos ministros para que, diante da “necessidade de reformas urgentes”,atuem no Congresso Nacional

“Não são muitas [reformas]. [Precisamos] repetir que o teto de gastos é uma coisa fundamental para país. Devemos divulgar, já determinei que se faça uma espécie de publicidade da necessidade da reforma da previdência. Essas coisas divulgadas na televisão, no rádio, na revista e nos jornais vão esclarecendo a população. Ou seja, não queremos fazer alguma coisa de cima para baixo, queremos ter a compreensão da sociedade brasileira”, afirmou.

Temer disse ainda que, caso os ministros conduzam com critério as suas pastas pelos próximos dois anos e quatro meses, até o fim do seu mandato, eles sairão com o “aplauso do povo brasileiro”. Segundo ele, combater a “margem enorme de desempregados de quase 12 milhões” será o primeiro tema das preocupações administrativas e legislativas do governo.

Golpe?

Dizendo-se animado após ter sido recebido, ao lado de seus ministros, “com muito entusiasmo” no Congresso Nacional, ele pediu que a tese de golpista seja contestada.“Golpista é quem está contra a Constituição Federal. Não estamos propondo ruptura constitucional. Mas agora não vamos levar ofensa para casa”, ordenou, pregando que sua equipe tem “elegância absoluta” mas também que “é preciso firmeza”.

“Isso aqui não é brincadeira, nem ação entre amigos ou ação contra inimigos”, cobrou o presidente, pedindo que seus ministros não “tolerem” acusações de que os parlamentares se arrependeram do processo de impeachment ao conceder a Dilma o direito de exercer funções públicas. 

“Pequeno embaraço”

O presidente Michel Temer também admitiu que houve um “pequeno embaraço” na base do governo durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, quando os senadores decidiram que ela permanece com o direito de exercer funções públicas.

Ele disse que a manutenção dos direitos políticos de Dilma não foi uma derrota para seu governo, mas afirmou que senadores aliados “resolveram sem nenhuma consulta tomar uma posição”. 

Conforme Temer, caso a decisão fosse combinada com o Palácio do Planalto, poderia haver até um “gesto de boa vontade” ao permitir pela continuidade dos direitos políticos de Dilma. “Hoje nós tivemos um pequeno embaraço na base governamental, em face de uma divisão que lá se deu. Outra divisão que é inadmissível. Se é governo, tem que ser governo. Quando não concorda com uma posição do governo, vem para cá e converse conosco, para nós termos uma ação conjunta. O que não dá é para aliados nossos se manifestarem lá no plenário sem ter uma combinação conosco”, cobrou.

Afastamento, mas não a inabilitação

“Especialmente agora, sem entrar no mérito, que os senadores decidiram que deveria haver afastamento, mas não a inabilitação prevista literalmente pelo texto constitucional, o que vai acontecer é dizerem: ‘Eles se arrependeram, etc’. Não pode tolerar essa espécie de afirmação. Quem tolerar, eu confesso que irei trocar uma ideia sobre isso”, disse.

Após as determinações, ele voltou a dizer que os aliados não podem tomar atitudes que “desmereçam” a conduta do governo. “Eu estou dizendo muito claramente isso para dar desde já o exemplo de que não será tolerada essa espécie de conduta. Agora, se há gente que não quer que o governo dê certo, muito bem. Declare-se contra o governo”.

Temer insistiu: ”Não foi derrota do governo, mas o discurso que está sendo feito é nessa direção, exata e precisamente porque membros do governo resolveram sem nenhuma consulta tomar uma posição, que na verdade, não vai acontecer nada, mas há partidos que já dizem: ‘Ah, então nós vamos sair do governo’. Ora, isto é fazer jogo contra o governo, não dá para fazer isso”, disse, sobre a votação em separado feita pelos senadores.

 (*) Com informações da Agência Brasil.

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