Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Jeff Bridges como o decadente Bad BlakeJeff Bridges como o decadente Bad Blake

Louco e ‘Oscarizável’

(brpress) - Produção independente, Coração Louco traz Jeff Bridges de volta ao topo como cantor decadente e conquista crítica mundial. Por Eliane Maciel.

(brpress) – Coração Louco (Crazy Heart, EUA, 2009), que estreia nesta sexta-feira (19/02) em circuito nacional, chegou no momento certo – quase perdendo sua deixa e ficando para 2010. A produção, dirigida por Scott Cooper, é uma adaptação do romance de Thomas Cobb e está na lista do Oscar indicado a três categorias diferentes: Melhor Ator (Jeff Bridges), Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Gyllenhaal) e Melhor Canção Original (The Weary Kind), sem falar nos outros prêmios aos quais concorre.

 

          Para o 63º prêmio Bafta (British Academy of Film and Television Arts), a versão inglesa da Academia de Hollywood, que acontece neste domingo (21/02), Coração Louco concorre a Melhor Roteiro Adaptado, Música, Melhor Ator (Bridges) e Melhor Atriz (Maggie Gyllenhaal) – tudo isso sem falar no 67º Globo de Ouro, em que o filme levou Melhor Ator Dramático e Melhor Canção Original.

 

Decadente e derretido

 

          Coração Louco conta a história de Bad Blake, 57 anos e alcoólatra, cantor e compositor de música country em visível decadência, afastado de sua família e sem qualquer inspiração que possa substituir seu anonimato pela fama mais uma vez. Ele leva a vida realizando shows em cervejarias e boliches de terceira categoria, tendo em geral idosos como público.

 

          Os momentos de luz no fim do túnel que levantam o astral do charmosão Blake acontecem quando ele conhece a jovem jornalista Jean (Gyllenhaal), mãe solteira e que sabe que não pode acreditar em nada que Blake lhe prometa pois também possui um coração partido, e quando está no palco com Tommy Sweet (Colin Farrell), realizando seu grande sonho – que seria abrir um show para Tommy, seu protegido, que alcançou a fama e o sucesso.

 

Efeito T-Bone

 

          Jeff Bridges já foi indicado ao Oscar quatro vezes antes, sendo a primeira vez em 1975, com A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show, EUA), de Peter Bogdanovich, e agora está sendo bastante cotado por sua performance arrebatadora – principalmente pela musicalidade que trouxe ao filme de Cooper, mérito alcançado, segundo o próprio ator, somente pelo trabalho do amigo T-Bone Burnett, desde Portal do Paraíso (Heaven’s Gate, EUA, 1980).

 

          T-Bone é considerado um dos maiores especialistas em música popular norte-americana, do blue grass ao country de raíz e Bridges, logo no início da produção, chegou a recusar seu papel de Bad Blake porque não havia música no roteiro e só aceitou depois porque o amigo topou participar como co-produtor e realizando a trilha sonora de Coração Louco, baixando seu cachê (já que o orçamento do filme não é lá muito pomposo). Feliz combinação.

 

Demônios

 

          Em entrevista à revista Preview, Bridges disse que “a produção honra uma tradição e um universo que eu conheço muito bem e me faz feliz em reviver. A história de Blake me lembra a história de Sledge [personagem de Robert Duvall, em A Força do Carinho, que ganhou como Melhor Ator no Oscar], mas apresentada de modo mais cru, menos delicado. Aqui lidamos com um homem enfrentando seus demônios. É uma história imemorial em muitos aspectos, mas Cooper abordou-a de maneira original e com um senso de verdade, trabalhando com dimensões múltiplas, como nunca havia visto antes em Hollywood”.

 

(Eliane Maciel/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate