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Oscar Isaac em cena de  Inside Llewyn Davis: na luta. DivulgaçãoOscar Isaac em cena de  Inside Llewyn Davis: na luta. Divulgação

Na balada de Llewyn Davis

(Londres, brpress) - Glamour de Carey Mulligan e Oscar Isaac no red carpet de Inside Llewyn Davis contrasta com luta do músico folk para sobreviver, tema do filme.

(Londres, brpress) – Usando um vestido amarelo Dior, a atriz inglesa Carey Mulligan encarou o frio típico do outono britânico e marcou presença na première do filme Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum (EUA, 2013), durante o London Film Festival. O longa estreia no Brasil em 14/02.

    A atriz, que interpreta a cantora Jean no longa, revelou à brpress como foi contracenar e fazer um dueto musical com Justin Timberlake. “Estava meio nervosa. Além de uma pessoa amável, ele é um ótimo ator, uma lenda!”. Carey continuou falando, animada: “Ensaiamos algumas vezes juntos antes de gravar, e Justin fez de tudo para me deixar à vontade. Ele é muito engraçado”, completou.

Gogó bom

    
    Apesar de não ter tido aulas de canto, Carey Mulligan gostou da experiência de interpretar uma cantora. “Foi ótimo cantar no filme. Mas foi meio hilariante”, confessa. A atriz já havia demonstrado grande potencial com a voz, quando viveu Sissy, uma aspirante a cantora com ar decadente no filme Shame, no qual faz uma performance avassaladora cantando.

    “Eu estava realmente nervosa sobre o fato de cantar em Llewyn Davis, mas mandei ver e foi uma comédia”, define Carey. A saber: o novo longa dos irmaãos  Coen é um drama musical – e bem baixo astral. Mas a atriz insiste: “Foi divertido e abracei o papel. Imitamos os musicais de época, adorei fazer parte do elenco deste filme”.

Parceria

 
    Intérprete do papel principal, o ator Oscar Isaac também compareceu ao tapete vermelho do longa em Londres e contou à brpress como foi trabalhar novamente com Carey Mulligan após Drive, de 2011. 

   

“É a segunda vez que trabalhamos juntos, já temos um grau de intimidade e companheirismo, confiamos um no outro. Ao ver o making of das cenas, se pode notar que estou rindo o tempo todo – realmente nos divertimos no set de gravações, a equipe toda era maravilhosa”.

Continuando a tocar

Para compor o personagem do cantor Llewyn Davis, Oscar Isaac se empenhou para cantar e tocar violão de verdade em ação. “A preparação para compor o papel foi intensa. Passei três meses aprendendo a tocar guitarra, treinando todos os dias. Também toquei em pequenos clubes em Nova York, em frente do público. Foi ótima a experiência, vou continuar a tocar”, completou Oscar.

    Falando em música,  foi isso que deu a Inside Llewyn Davis mais uma indicação na rabeira do Oscar 2014, além da nobre Melhor Fotografia:  o filme também concorre a Melhor Mixagem de Som. .No entanro, já foi premiado com a segunda maior honra do Festival de Cannes 2013, o Gran Prix.

Luta

   Inside Llewyn Davis faz poesia com a batalha de músico folk para chegar ao sucesso.  O AC/DC cantou uma verdade-mor do showbis: “It’s a long way to the top / If you wanna rock n’ roll”. Transponha essa frase para o folk e você vai ter o argumento-mestre do desolador longa.

    O problema é que Llewyn Davis, músico fictício, inspirado na trajetória real de Dave Van Ronk, nunca chega lá. Passa 105 minutos se dando de mal a pior quando não está tocando em bares caídos ou gravações tolas, dando canjas com artistas menores e perambulando atrás de contratos com gravadoras-chave da cena dos anos 60.

Performance

    Como Davis, Oscar Isaac está bem, muito bem. E, apesar da atuação contida, não se intimida em soltar a voz. Falando em cantar, todas as músicas do filme foram realmente cantadas pelos atores e gravadas na primeira tacada.   
    O parceiro de Van Ronk, Elijah Wald, acha que o personagem Llewyn Davis “não é totalmente Dave, mas a música é”. Os músicos folk T-Bone Burnett, representando a velha guarda (ele foi guitarrista de Bob Dylan, que “aparece” de relance no filme), e Marcus Munford, da banda Munford & Sons, sucesso do new folk, assinam a produção musical do filme.

    Isso pode parecer pouco relevante quando se tem um astro como Justin Timberlake em cena. Ele faz o marido traído da parceira de cama e canção defendida por Carey Mulligan. Mas a história é triste demais para dar espaço a qualquer glamour que Timberlake possa emanar.

    O frio cortante do inverno nova-iorquino cai como uma luva à melancolia das canções de Llewyn. Vagando por ruas, estradas e trens, o músico encarna o espírito beatnik – ser livre, desprezando as instituições e  vivendo um dia (ou noite) de cada vez. Isso, com a viola – quando não um gato – a tiracolo.

    A trilha, muito bonita, é como se fosse a continuação de E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?, que também contou com o dedo de T-Bone,  vencedor de múltiplos Grammy e Oscar, tendo vendido sete milhões de cópias nos EUA.

(Juliana Resende/brpress; colaborou Patrícia Dantas/Especial para brpress)
 
   Assista ao trailer de Inside Llewyn Davis:

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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