Tratamento de transtornos mentais
(brpress) – Instituições como Universidade Johns Hopkins retomam debate sobre eficácia de substâncias psicodélicas para depressão e esquizofrenia.
Nos anos 60, pesquisas sobre o efeito de drogas alucinógenas no tratamento de transtornos mentais e dependências como alcoolismo eram comuns e financiadas até mesmo por governos. O LSD, que ainda não era um dos ícones do movimento hippie, foi inclusive envolvido em estudos com altos índices de recuperação de alcoólatras.
Criminalização
Estas pesquisas ajudaram a estabelecer o campo da psicofarmacologia, que levou os psiquiatras a abandonarem suas técnicas analíticas e considerar o alcoolismo e doenças mentais em termos de desequilíbrio da química cerebral. Porém, com a criminalização do LSD, os financiamentos acabaram e ficaram parados por mais de 40 anos.
Agora, pesquisas confirmam que drogas psicodélicas têm valor terapêutico para diversas condições psiquiátricas incluindo depressão, transtorno obsessivo compulsivo e esquizofrenia. Sabe-se que essas substâncias (LSD, Psilocibina e Mescalina) ativam receptores 5-HT2A em profundas camadas do córtex pré-frontal, alteram células nervosas mediadas pelos neurotransmissores glutamato e dopamina e pode levar à mudanças na força das conexões entre neurônios no córtex e em outras partes do cérebro.
A serotonina e a dopamina transportam mensagens pelos circuitos do cérebro envolvidos no temperamento e, aparentemente, drogas psicodélicas ajudam nos sintomas clínicos de transtornos de humor, modulando a atividade das células nestes circuitos e modificando suas conexões.
Ecstasy
Testes recentes mostram que a ketamina, um anestésico com propriedades alucinógenas, pode reduzir sintomas de depressão rápida e efetivamente e o ecstasy pode ser benéfico para pessoas com estresse pós-traumático quando utilizado em parceria com terapias de comportamento.